Após sua gloriosa Assunção, a Bem-aventurada Virgem Maria foi coroada pela Santíssima Trindade como Rainha dos homens, dos Anjos e de todo o Universo.
Tal se nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: “Sentada à direita de seu Filho querido” (3 Reis, 2, 19), “revestida do sol” (Apoc. 12, 1), cercada de glória “como a glória do Filho único de Deus” (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!
Tal realeza, comenta o Pe. Roschini, é o resultado necessário da mesma missão a que foi predestinada por Deus, e que constituiu a razão de sua existência: a missão de Mãe do Criador e das criaturas, e de Medianeira entre Aquele e estas últimas. Ela nasceu Rainha, porque para tal foi predestinada ab ab eterno, uma vez que foi eleita por Deus, desde toda a eternidade, para a singularíssima e transcendental missão de Mãe e Medianeira universal: os dois títulos fundamentais de sua realeza.
Os Padres do Oriente e do Ocidente com freqüência chamaram Maria Domina, Regina, Regina nostrae slautis, por exemplo, no Oriente, Santo Efrém, São Germano de Constantinopla, Santo André de Creta, São João Damasceno. No Ocidente, entre outros, São Pedro Crisólogo, o venerável Beda, Santo Anselmo, São Pedro Damião, São Bernardo, Santo Idelfonso, Ricardo de São Lourenço.
Seus títulos de Soberana aparecem amiúde nos escritos dos teólogos, em Santo Alberto Magno, São Boaventura, São Tomás, Gerson, São Bernardino de Siena, Dionísio o Cartuxo, São Pedro Canísio, Suárez, São Roberto Belarmino, São Luís Maria Grignion de Montfort. Os soberanos Pontífices sempre empregaram as mesmas expressões.
A liturgia romana e as liturgias orientais igualmente proclamam Nossa Senhora Rainha dos Céus, Rainha dos Anjos, Rainha do mundo, Rainha de todos os Santos. Entre os mistérios do Rosário, comumente recitados na Igreja desde o séc. XIII, o último de todos é o da Coroação de Maria no Céu, que foi representado por um dos mais belos afrescos do Beato Fra Angélico de Fiesole.
E para indicar a soberania que Ela tem sobre os homens, a Igreja no-La faz proclamar Nostra Domina, que significa precisamente nossa Soberana, nossa Rainha.
Vejamos agora como os doutores e o magistério eclesiástico explicam esse gloriosíssimo título da Imaculada Mãe de Deus:
Tendo sido sido a Santíssima Virgem elevada a dignidade de Mãe de Deus,com justa razão a santa a Santa Igreja a honra,e quer que de todos seja honrada com o titulo glorioso de Rainha.(…) Por isso deve julgar-se que a glorio do reino não e só comum entre Mãe e o Filho,mas também que e a mesma para ambos. Se Jesus e Rei do universo, do universo também e Maria Rainha.