Lágrimas de Bispo congolês comovem o Sínodo

Um Bispo comoveu a assembleia do Sínodo da África ao denunciar entre lágrimas o sequestro de sacerdotes ou o recente incêndio de uma igreja no conflito armado que decorre na República Democrática do Congo.

D. François Xavier Maroy Rusengo, arcebispo de Bukavu, revelou que “uma das paróquias de nossa arquidiocese foi incendiada na Sexta-feira, alguns sacerdotes foram agredidos, outros tomados como reféns por homens de uniforme, os quais exigem um elevado resgate que nos vimos obrigados a pagar para salvar suas vidas”,

Por causa desta situação, o prelado abandonou o Vaticano para regressar à sua diocese e acompanhar a comunidade católica local.

“Enquanto tomamos a palavra nesta assembleia, os agentes pastorais da nossa diocese estão preocupados com os inimigos da paz”, explicou.

O seu predecessor, D. Christophe Munzihirwa, foi assassinado em 1996 por causa da sua tomada de posição durante a guerra congolesa, quando gritou que nenhuma lógica política valia mais que uma pessoa humana.

“Por estes gestos, a Igreja é o único apoio que resta ao povo aterrorizado, humilhado, explorado e dominado, que se quer reduzir ao silêncio”, afirmou D. François Xavier Maroy Rusengo.

O cardeal e presidente delegado do Sínodo, D. Wilfrid Fox Napier, , assegurou a D.Rusengo a oração da assembleia. Vários bispos manifestaram a sua solidariedade, nas intervenções que se seguiram

Esta Quinta-feira, o Sínodo escreveu uma carta a D. Rusengo, pedindo às autoridades civis que façam “todos os possíveis para o regresso da ordem na justiça, a fim de instaurar e garantir a paz, indispensável para uma vida normal”.

A diocese de Bukavu conta com pouco mais de 1,7 milhões de habitantes, dos quais 53,2% são católicos. A sua catedral está dedicada a Nossa Senhora da Paz.

Redacção/Zenit

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