Domingo de Ramos em Maputo

No domingo de Ramos, na Arquidiocese de Maputo, procederam-se às festividades próprias da solenidade. Os Arautos do Evangelho puderam estar presentes em três procissões distintas: na procissão arquidiocesana dos jovens, presidida pelo Exmo. Arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, e concelebrada por muitos sacerdotes da Arquidiocese, animando a cerimônia com a banda, e nas comunidades São Pedro e São Paulo e São José, ambas na Paróquia Sagrada Família da Machava, localizadas no bairro Nkobe, onde, apesar das chuvas que se abateram durante a semana, o público compareceu em peso para a cerimônia. O Pe. Wagner Morato, EP e O Pe. Arão Mazive, EP, presidiram estas duas celebrações.

Agora, analisemos o que se passou neste dia: toda a Igreja Católica, em todo o orbe terrestre, mesmo na África, em Moçambique, lugar naquela época totalmente desconhecido, repetia o gesto do povo judeu de dois mil anos atrás. Não tem isso um significado mais profundo para nossa vida?

“No dia seguinte, uma grande multidão que tinha vindo à festa em Jerusalém ouviu dizer que Jesus se ia aproximando. Saíram-lhe ao encontro com ramos de palmas, exclamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel!” (JO 12, 12-13).

Nosso Senhor Jesus Cristo, Verbo Eterno de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai; vemo-Lo em seu nascimento posto em uma manjedoura, tendo por aquecimento o calor de animais, e por abrigo uma pobre e fria gruta.

Belíssimo exemplo de pobreza. Porém, era apenas isso que Ele vinha nos ensinar? Deus feito homem, esse Alguém eterno deveria passar sua existência nas brumas do esquecimento e do anonimato?

Muito pelo contrário, Ele quis ser aclamado como rei de Israel; não fugiu destes louvores -embora soubesse serem passageiros e sem raízes- porque era necessário que os homens O exaltassem. E àqueles que tinham a visão obnubilada pela inveja e pelo egoísmo, desejando que a sublime figura de Jesus fosse vista apenas como a do “filho do carpinteiro”, insistindo com Ele para que mandasse parar as aclamações, receberam essa acerba e dura repreensão: “Digo-vos: se estes se calarem, clamarão as pedras!” (Lc 19, 40)

Também um magnifíco exemplo para nós: devemos aclamar a Jesus com todas as nossas forças como Rei e Senhor, fazer da Pessoa adorável d’Ele o centro de toda a vida pessoal, social e religiosa, proclamando bem alto sua vitória sobre o demônio, o pecado e a morte.

 

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