Santa Bakhita, o anjo africano (parte I)

Continente querido e abençoado por Deus, a África tem em si maravilhas e riquezas de toda ordem, tanto materiais -admiremos suas encantadoras e misteriosas paisagens, suas magníficas águas, as pedras preciosas e não preciosas, que aqui abundam, enfim, quantas coisas- quanto espirituais:  alma admirativa, respeitosa, doce e afável, aguerrida e impetuosa, senso religioso inigualável, e poderíamos ainda acrescentar longos e variados elogios a esse esperançoso continente. 

Como um raríssimo e magnífico brilhante, reluz nesse povo uma mulher que levou ao zênite todos esses predicados morais, a quem poderíamos, sem exageros, conceder o epíteto de “anjo africano”: Santa Josefina Bakhita. Tão linda é a narração de sua vida, que decidimos publicar em nosso blog alguns artigos que a transcrevam. Esse será o primeiro, em que acompanharemos seu nascimento, sua infância e os cruéis padecimentos pelos quais teve que passar antes de encontrar a luz de sua vida: a Igreja Católica.

Nela podemos encontrar uma verdadeira estrela que despontou, resplandecendo no meio das trevas do paganismo e da escravidão!   Bakhita nasceu no Sudão, região de Darfur na África, no ano de 1869 e através de suas poucas informações sabemos que sua aldeia natal é Olgossa, cuja pronúncia é “algoz”, que em árabe significa “Dunas de Areia”. De família abastada, seu pai possuía terras, plantações e gado; ele era irmão do chefe da aldeia. Sua família era composta pelos pais e sete filhos, sendo muito unidos e afeiçoados. Muito embora a descrição dessa aurora de Bakhita deixa entrever um céu límpido, não tardará em ser coberto por nuvens de tribulações, como veremos adiante.

Embora a família da Bakhita tivesse uma conduta moralmente irrepreensível, de acordo com a lei natural, infelizmente os seus contemporâneos ainda não tinham sido beneficiados pelas benção da Igreja e da fé.

Vejamos o contexto histórico da época: em 1821 Mohamed Ali envia dois exércitos para conquistarem o Sudão. O objetivo político era de instaurar uma dinastia própria na região, e os obectivos práticos eram de saquear riquezas e capturar escravos a serem vendidos no mercado.

No ano de 1874, a irmã mais velha de Bakhita foi raptada. A dor dilacerou o coração daquela família tão unida e feliz. Não seria porém a última punhalada no coração de seus pais. “Bakhita,” (não foi o nome que recebera dos pais quando nasceu, no ano de 1876),aos 7 anos de idade, foi raptada e arrancada do seio de sua família. A pequena menina tomada de pavor, foi levada brutalmente por dois árabes e foram eles que impuseram o nome de “Bakhita”, que significa: “afortunada”.

A pequena escrava, depois de um mês de prisão, foi vendida a um mercador de escravos. Na ânsia de voltar para casa, Bakhita se arma de coragem e tenta fugir. Porém, foi capturada por um pastor e revendida a outro árabe, homem feroz e cruel, que, por sua vez, revendeu-a a outro mercador de escravos. Novamente ela é vendida a um general turco, cuja esposa era uma mulher terrivelmente má. Desejou marcar suas escravas e Bakhita estava entre elas. Chamou então um tatuador que, com uma navalha, ia marcando os corpos das meninas que se contorciam de dores. Bakhita recebeu no peito, no ventre e nos braços 114 cortes de navalha que eram esfregados com sal para que as marcas ficassem bem abertas. As jovens escravas foram jogadas sem tratamento e nenhum cuidado, durante um mês.  (Continua no próximo artigo…)

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