Santa Bakhita, o anjo africano (Parte II)

A seguir, continuaremos com a narração da sacrificada e admirável vida de Santa Josefina Bakhita:

No ano de 1882, o general turco vendeu Bakhita ao agente consular Calisto Legnani que seria, para ela, seu anjo bom. Na casa do cônsul, Bakhita conheceu a serenidade, o afeto e os momentos de alegria, lembranças dos momentos felizes na casa dos pais. Em 1885 o sr. Calisto é obrigado a retornar à Itália; Bakhita pede para acompanhá-lo e obtêm consentimento. E assim partiram em companhia de um amigo, o sr. Augusto Michieli, a quem o cônsul presentearia em Gênova com a jovem africana.

Chegando na Itália com seu 7º “patrão”, o rico comerciante Michieli, foi para vila Zianino de Mirano Veneto onde Bakhita se tornou babá de Mimina, a filhinha do casal. Apesar de serem pessoas boas e honestas, não eram praticantes de religião. Como sempre, Deus tem seus caminhos e acabou colocando no caminho de Bakhita, o administrador dos Michieli, Iluminato Chechini. Iluminato era um homem muito religioso e logo se preocupou com a formação religiosa de Bakhita; e ao dar um crucifixo a ela, disse em seu coração: “Jesus, eu a confio a Ti”. Quando os Michieli tiveram de voltar para Suakin, na África, por motivos de negócios, Bakhita e a pequena Mimina ficaram aos cuidados das Irmãs Canossianas, em Veneza, e isto graças ao sr. Iluminato.

        Bakhita iniciou o catecumenato (catequese para receber os sacramentos iniciais), no Instituto das Irmãs. Ao final de nove meses, a sra. Maria Turina voltou à Itália para buscar sua filhinha Mimina e aquela que considerava sua escrava, pois retornariam à África. Naquele instante, Bakhita já toda apaixonada por Jesus, prestes a receber os sacramentos, recusa-se a voltar para a África, apesar do afeto que nutria pela família Michieli e principalmente pela pequena. Sentia em seu coração um desejo inexplicável de abraçar a fé e vivê-la para sempre. Apesar dos apelos e até ameaças da sra. Michieli, nossa jovem africana não cedeu em sua resolução. Bakhita estava livre, na Itália não havia escravidão. Sua patroa retornou à África com sua filha e Bakhita prosseguiu com sua catequese, feliz mesmo sabendo que seria a última chance de rever seus familiares na África. 

 No dia 09 de janeiro de 1890, Bakhita é batizada, crismada e recebe a Primeira Comunhão das mãos do Patriarca de Veneza. No batismo recebe o nome de Josefina Margarida Bakhita. Ela descreverá este dia como mais feliz de sua vida: sentir-se filha de Deus era-lhe uma emoção inigualável, assim como receber Jesus na Eucaristia. Bakhita nutria em seu coração o sublime desejo de se tornar religiosa: “uma Irmã Canossiana”. (continua no próximo artigo…)

 

This entry was posted in admiração, África, africano, alegria, ambiente, anjo africano, canossiana, catecumenato, catequese, católico, céu, comunhão, crianças, Deus, doçura, escravidão, escravo, família, , filhos, graça, Igreja, igreja na áfrica, irmã, itália, Jesus, jesus cristo, lembranças, primeira comunhão, Santa Bakita, Santa Josefina Bakhita, santidade, Senhor, Sudão and tagged , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Bookmark the permalink.

Deixe uma resposta