Na África, o mais importante é pregar o amor de Deus

50 anos de missão na África: uma glória para um sacerdote. O O Padre Germán Arconada a atingiu, e conta um pouco de suas missões, suas alegrias e dificuldades. E conclui dizendo que neste continente, mais ainda do que construir ou doar, é importante “pregar o amor de Deus”

Madri – Espanha (Segunda-feira, 21-10-2013, Gaudium Press) O Padre Germán Arconada, originário de Carrion de los Condes, já pode ostentar uma grande ‘medalha’ para todos os que consideram a sua vida sacerdotal: 50 anos de missão na África. E como a grande maioria dos missionários nessas terras, teve sua vida em risco por mais de uma ocasião.

Ele era um jovem seminarista diocesano em Palência quando conheceu um missionário Africano, um Padre Branco. “Os Padres Brancos gostaram de mim porque eles estavam em comunidade, em grupos de dois ou três, e eu não queria ser padre sozinho. Além disso, a missão sempre me atraiu”, disse.

Aos 76 anos, ele já é capaz de fazer um balanço de sua vida, o que não significa que não continue em forte missão.

No continente negro muitas foram as obras promovidas pelo Padre Germain, escolas, pontes, poços, saneamento. Ele acrescentou que a África é “grata” para o missionário. “O Africano é feliz, as crianças são felizes”, afirmou.

Enquanto isso, aos seus 57 anos, foi até Jerusalém para fazer um retiro espiritual de acordo com o método de Santo Inácio, e ali percebeu que não era nada, que era vaidade. E, em uma confissão aceitou essa verdade “com lágrimas de alegria”.

“Fiquei impressionado com a paciência de Deus comigo, o quanto Ele me amou, me perdoou… então agora eu entendo que ainda preguemos o perdão, ninguém consegue realmente perdoar se não experimentou o perdão de Deus”.

Em outubro do mesmo ano retornou ao Burundi, quando eclodiu a guerra civil. O Padre Germán encontrava-se “em uma zona onde 700 tutsis foram massacrados. O rio trouxe corpos flutuando, decapitados, um após o outro. E eu pensei: que nós fizemos pontes, escolas, poços, mas não mudamos os corações através do amor de Deus. Continuou fazendo projetos, muitos, mas agora para mim o mais importante é a pregação do amor de Deus”.

Este último pensamento tem sido desde então diretriz em sua vida apostólica, e se reflete em sua pregação. No entanto, no meio da guerra foi comprometida a sua vida em várias ocasiões. Mas a Providência o tem preservado do martírio, para o benefício espiritual de muitos.

Ele é Padre ‘Branco’ (nome com o qual são conhecidos os Missionários da África fundados pelo Cardeal Lavigerie no século XIX ), mas com uma ironia inocente diz que os Padres Brancos estão se tornando “muito negros”: de seus 450 noviços, 95% são africanos. É a África “agradecida” que falava acima. Entretanto seu coração continua lembrando as vocações que se podem despertar no Ocidente, e a elas transmite um pensamento: “os africanos necessitam projetos de solidariedade, recursos, etc… mas o que necessitam realmente, o mais importante, é que eles preguem que Deus ama a todos nós”. (GPE/EPC)

Com informações da Religion en Libertad

Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/52012#ixzz2iR9eyRvn

 

This entry was posted in África, africano, crianças, martir, missionários, sacerdote and tagged , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Bookmark the permalink.

2 Responses to Na África, o mais importante é pregar o amor de Deus

  1. Pingback: Na África, o mais importante é pregar o amor de Deus | Arautos do Evangelho

Deixe uma resposta