Nosso pequenino e venerável São Pedro!

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A solenidade dos Apóstolos

 

Após a fadiga fracassada, em silêncio limpavam as redes, rompido apenas pelo rumor das águas agitadas pela suave brisa matutina, quando neles pousou uma graça, abrindo-lhes as almas ao Divino Mestre que por ali passava, fazendo-lhes o convite: “Vinde e far-vos-ei pescadores de homens.” A essa voz, deixaram seus apetrechos e com grande enlevo seguiram-no. A partir desse momento, aquele que por profissão se fizera um mero pescador, por vocação foi constituído pescador de homens. Era Simão Pedro.

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Tomando-o como padroeiro e venerando-o com grande fervor, os pescadores da costa moçambicana, oriundos de Goa-India, celebraram a solenidade dos apóstolos com uma Missa, presidida pelos Padres Fransalianos, seguida de uma procissão marítima. A miraculosa imagem de São Pedro (assim chamada por apenas ela haver sido encontrada intacta de um incêndio que reduziu a cinzas a sua antiga capela) com um pouco mais de 15 cm de altura, foi transladada de seu nicho e repousada em um andor artisticamente ornado de belas flores.

 

Portado pelas figuras mais representativas dentre os goeses, foi o andor conduzido em uma pequena procissão ainda em terra firme, até onde estavam atracados os barcos enfeitados de coloridas bandeirinhas. Constituiu-se uma espécie de nau capitânia, unindo três barcos lado a lado. Aí foi instalado o andor. Seguido por vários barcos de tamanha inferior, o bloco singrou até certa distância da margem. A essa altura do mar, foi atirada uma coroa de flores às águas, em memória dos pescadores que sucumbiram tragados pelas ondas do oceano durante o exercício da pesca.

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 Aspergiu-se com água benta todos os barcos e levantou-se ao alto os pedidos de proteção por todos que seguem o mesmo ofício, pela intercessão daquele que também o era, até antes de se tornar o pescador de homens. Consumada a parte mais solene da cerimônia, todos os barcos, dos maiores aos menores, num verdadeiro alvoroço, tornaram-se alvo de observação de uma grande multidão que se encontrava na margem a assistir o suntuoso desfile.

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De volta à Capela, continuou a programação que terminou com o canto da Ladainha, como desfecho a chave de ouro de um dia vivido sob as bênçãos de São Pedro.

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