Eles querem. Basta ajudá-los…

“Meu filho é desobediente”; “minha filha não gosta de estudar e vive fora de casa!”;”meus filhos nunca gostam de ir à Igreja nem ao catecismo…”; “como é difícil cuidar de criança…”; “meu filho, padre? minha filha, freira? Nunca vou ter essa alegria na família…”.

Essas são algumas das reclamações  que inúmeras vezes escutamos aqui, lá e acolá a respeito das crianças. 

Entretanto, precisaríamos nos fazer uma pergunta, franca e objetiva: o que fazemos para ajudá-las? Queremos obrigá-las a frequentar a Igreja, ou nos esforçamos para atrai-las e incutir nelas o gosto pela religião? “Uma gota de mel atrai mais abelhas que um barril de fel”, dizia São Francisco de Sales. As crianças são especiais, tem uma candura e um desinteresse que as tornam dignas de um trato diferente e mais cuidadoso que os pobres homens grandes, que muitas vezes mais pensam na terra que nas estrelas, mais no dinheiro que no céu…

Relatamos aqui uma feliz experiência que tiveram os Arautos em Moçambique: a pedido das Irmãs da Apresentação de Maria, expuseram a vida dos padroeiros das missões e da Infância Missionária, São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, para as crianças da Comunidade do Espírito Santo e de outras comunidades vizinhas, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Laulane. 

Poderiam pensar, pelos preconceitos que já vimos acima, que seria difícil, mais ainda por ser uma terra em que a Igreja Católica não possui raízes tão profundas; que elas não prestariam atenção, fugiriam, dormiriam… mas foi bem o contrário. Uma outra qualidade das crianças é de possuirem  muito senso religioso e muita admiração pelo que lhes é superior. Antes mesmo de iniciar a exposição, o arauto foi instado fortemente por elas a explicar ponto por ponto, até os pormenores do seu hábito e de sua Congregação, até então desconhecidas por elas.

Ao discorrer sobre a vida do santo missionário jesuíta, foram projetadas diversas fotos, e os pequenos olhos brilhavam ao ouvir as façanhas do “gigante do oriente”: batismos incontáveis, viagens perigosas, povos e mais povos convertidos por ele, a generosidade de abandonar um lindo castelo e uma luxuosa vida para seguir a Jesus… 

Ao chegarmos na tocante e admirável vida da santa carmelita de Lisieux, que marcou o mundo com a sua santidade, tão marcadamente acentuada pelos grandes desejos e pela caridade, o entusiasmo não foi menor. Viram passar diante de si, em um audiovisual preparado pelos Arautos, a casa da santa, seus pais, a réplica em pedra e a narração do marcante encontro dela com Leão XIII, para rogar ao Papa permissão de entrar no Carmelo aos quinze anos, sua exemplar vida religiosa, sua bela morte. Foi-lhes inesquecível.

Prova disso é o testemunho dado por uma menina de doze anos que, ao ser chamada pelo expositor para dizer a todos qual fora a parte do audiovisual que mais gostara,  sem titubear, disse: “o dia em que ela afinal conseguiu entrar no convento”. Quem sabe se não foi o chamado pela vida religiosa despontando na jovem alma dela, ao ver o exemplo da santa?

Após encerrar esse programa, a avidez foi ainda maior pelas lembranças distribuídas pelos Arautos: um grande e bonito calendário de Nossa Senhora de Fátima.

Os arautos saíram de lá com uma lição aprendida: as crianças –mesmo as africanas, e elas até mais do que outros povos-, querem a santidade, querem a Deus, querem a Igreja. Basta ajudá-las…

 

 

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