O CENTENÁRIO DE UMA IGREJA

O dia 29 último do ano em curso, festa de Sant’Ana , foi uma data memorável para a Igreja do mesmo nome do bairro da Munhuana. Celebrava esta o novacentésimo aniversário após a sua ereção. A Igreja é obra dos missionários Sacramentinos, atualmente reitorada pelo primeiro Sacerdote moçambicano da mesma ordem: Pe. Geraldo. A cerimônia teve a sua abertura com a celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Dom Francisco Chimoio, concelebrada por dezenas de Sacerdotes da Arquidiocese de Maputo e participada por muitas autoridades políticas, dentre as quais, o ex-presidente de Moçambique: Joaquim Alberto Chissano. Inúmeros fiéis vindos das várias paróquias e vestidos do mesmo uniforme, lotavam o interior, a capela e a parte externa  do Templo,
entretanto, a Missa foi vivamente acompanhada por todos, atraídos pelo significativo acontecimento. Após a solene celebração, foi oferecido um almoço no salão da Igreja que precedeu o entretenimento, onde vários grupos fizeram as suas demonstrações em ação de graças pelo centenário.nova1 Em todo o sucedido nesse dia, pairava um imponderável de graças pelo passado transcorrido, mas sobretudo, pelos séculos futuros que – se Deus quiser – deverá o Sagrado Templo ainda palmilhar.


   
Dirson Castigo Machaieie
Posted in África, arcebispo, católico, Church, Maputo, Moçambique, Monsenhor João Clá Dias, Mozambique, religião | Leave a comment

Papa: mensagem à crise ecológia

O Vaticano divulgou esta Quarta-feira o tema da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2010, desta feita intitulada “Se queres a paz, cuida da criação”. O Papa fala numa crise ecológica e na necessidade de enfrentá-la globalmente.Numa nota divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé, pode ler-se que o tema pretende fomentar uma tomada de consciência do “forte elo que existe no nosso mundo globalizado e garcainterconectado entre salvaguarda da criação e cultivo do bem da paz”, lembrando as “terríveis perspectivas que a degradação ambiental apresenta”.

“Este elo íntimo e forte, de facto, é colocado cada vez mais em discussão por inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente natural do homem, como o uso dos recursos, as mudanças climáticas, a aplicação das biotecnologias e o crescimento demográfico”, pode ler-se.

Segundo a apresentação do tema divulgada pela Santa Sé, “se a família humana não souber fazer frente a estes novos desafios com um renovado sentido de justiça e de equidade social e de solidariedade internacional, corre-se o risco de semear a violência entre os povos e entre as gerações presentes e futuras”.

A mensagem deverá retomar as observações contidas nos números 48-51 da Encíclica Caritas in veritate, destacando a necessidade urgente de que a tutela do meio ambiente seja “um desafio para toda a humanidade”.

“Trata-se do dever, comum e universal, de respeitar um bem colectivo, destinado a todos, impedindo que se possam utilizar de modo impune as diversas categorias de seres”, refere a Santa Sé.

A celebração de 1 de Janeiro do próximo ano procurará “favorecer uma consciência renovada da interdependência que une entre si todos os habitantes da Terra”.

“Esta consciência servirá para eliminar diversas causas de desastres ecológicos e garantir uma pronta capacidade de resposta quando esses desastres atingem povos e territórios”, defende a apresentação da mensagem do Papa.

Alertas

Na sua terceira encíclica, Bento XVI diz que os projectos para um desenvolvimento humano integral “não podem ignorar os vindouros, mas devem ser animados pela solidariedade e a justiça entre as gerações, tendo em conta os diversos âmbitos: ecológico, jurídico, económico, político, cultural”.

Em particular, desenvolvem-se as questões relacionadas com “as problemáticas energéticas”, condenando “o açambarcamento dos recursos energéticos não renováveis por parte de alguns Estados, grupos de poder e empresas”.

“A protecção do ambiente, dos recursos e do clima requer que todos os responsáveis internacionais actuem conjuntamente e se demonstrem prontos a agir de boa fé, no respeito da lei e da solidariedade para com as regiões mais débeis da terra”, indica o documento.

O Papa observa que “a monopolização dos recursos naturais, que em muitos casos se encontram precisamente nos países pobres, gera exploração e frequentes conflitos entre as nações e dentro das mesmas”.

Nesse sentido, prossegue, “a comunidade internacional tem o imperioso dever de encontrar as vias institucionais para regular a exploração dos recursos não renováveis, com a participação também dos países pobres, de modo a planificar em conjunto o futuro”.

Por isso, Bento XVI frisa que também neste campo “há urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade, especialmente nas relações entre os países em vias de desenvolvimento e os países altamente industrializados”.

“As sociedades tecnicamente avançadas podem e devem diminuir o consumo energético seja porque as actividades manufactureiras evoluem, seja porque entre os seus cidadãos reina maior sensibilidade ecológica. Além disso há que acrescentar que, actualmente, é possível melhorar a eficiência energética e fazer avançar a pesquisa de energias alternativas”, pode ler-se.

“O açambarcamento dos recursos, especialmente da água, pode provocar graves conflitos entre as populações envolvidas”, alerta ainda a Caritas in veritate. ( Eclesia)

Posted in África, ambiente, Church, desmatamento, eco sistema, fauna, Igreja, Papa | Leave a comment

Núncio despede-se de Angola

 

Em fim de missão em Angola, o Núncio Apostólico, D. Angelo Becciu, mostra saudades e vinca o voto de um futuro melhor para todos. Pouco depois do anúncio da sua nomeação para Cuba, decidida pelo Papa, exprimiu os seus sentimentos em declarações à Rádio Ecclesia.”O meu desejo e a minha oração é para que o mais rápido possível toda esta gente possa conhecer dias melhores, um futuro melhor, um futuro mais digno, próprio de todos os filhos de Deus”, declarou.

O prelado recordava a população que visitou no no bairro Kikol, da periferia nortenha de Luanda.  Uma paróquia nasceu no local, com uma igreja de raiz construída graças a um financiamento da diocese de origem de D. Becciu, Ozieri. na Sardenha.

“A periferia de Luanda está a sofrer, está a sofrer muito e com ela tantos, muitos e muitos habitantes de Angola estão a sofrer porque estão numa grande pobreza”, apontou.

“Esperamos que todos colaborem para garantir um futuro mais próspero para todos os angolanos, não somente para pequenos grupos”, completou o Núncio Apostólico em Angola.

D. Angelo Becciu prepara-se a sair de Luanda no próximo mês de Setembro.

Internacional | Rádio Vaticano | Angola
Posted in Arautos do Evangelho | Leave a comment

Fotos & Focos: Monsenhor João Clá Dias

Fotos & Focos

congresso

Monsenhor João Clá Dias: Missa de encerramento VI Congresso Internacional AE

Posted in Arautos do Evangelho | 1 Comment

Mamana Maria

 

África do Sul - Procissão com a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima

África do Sul - Procissão com a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima

As maravilhas da devoção a Maria não podem ser explicitadas inteiramente por nenhuma análise. Nenhuma descrição, nenhum raciocínio pode dar dela uma idéia adequada…

Um jovem teólogo – M. Neubert – analisa as razões, ou melhor, as analogias de ordem natural que nos ajudam a compreender o sucesso ou a eficácia da devoção a Santíssima Virgem. Pois a devoção à Nossa Senhora leva todos a bom êxito. Constitui um axioma católico que Ela é para todo mundo um meio seguro de santificação.

A razão fundamental disso, a única razão evidente, é sem dúvida a vontade de Deus. Tendo Deus querido dar-nos Jesus Cristo por meio da Virgem Santíssima – diz Bossuet – esta ordem não muda mais, e os dons de Deus são irrevogáveis (cf. Rm 11, 29). Sempre será verdade que, havendo recebido através dEla o princípio universal da graça, recebamos também por seu intermédio as diversas aplicações desse dom em todos os variados estados dos quais se compõe a vida cristã.

Mas, a par desta explicação teológica, sobrenatural, que examina as coisas do ponto de vista divino, nada impede que se procure uma explicação psicológica para confirmá-la.

Harmonia entre a devoção a Nossa Senhora e o progresso da alma

Quais são, em nossa natureza, as harmonias entre a devoção à Santíssima Virgem e o progresso de nossa alma?

Um primeiro fator de progresso humano é o esforço pessoal: o difícil é induzir e sustentar o esforço da vontade. Nossa vontade é movida pelas ideias, mas por ideias vigorosas que são ao mesmo tempo conhecimento, sentimento e desejo. Ora, dessas ideias robustas, a mais forte é aquela que se volta para uma pessoa amada. Quem ama voa, corre, alegra-se e está disposto a tudo. Ora, ter devoção a Maria é amá-La, e amar Maria é fazer o que Ela deseja e evitar o que Lhe desagrada.

Para quantas almas, por exemplo, o pensamento posto em Maria constituiu a força pela qual triunfaram das tentações – de longe as mais violentas e frequentes – contra a mais delicada das virtudes!

Encontramos uma confirmação disso numa experiência de ordem humana. Um menino solicitado durante muito tempo pelas sugestões e argumentos pérfidos de um companheiro perverso, acaba duvidando de seu dever e vai deixar-se arrastar pelo mal. Mas seus olhos cruzam-se com os de sua mãe: nesse mudo entreolhar, ele sente a gravidade da ação que ia cometer e obtém a coragem de fazer qualquer sacrifício para não entristecê- la.

Da mesma maneira, quantas almas assaltadas durante longo tempo e estando a ponto de ceder, ao pensar em sua Mãe celeste, tão afetuosa e amada, tão pura e desejosa de vê-las também puras, sentiram a tentação desaparecer e uma força nova as armar contra o mal! Esse gênero de vitórias costuma permanecer sepultado no segredo das consciências, mas como elas são frequentes!

Forte contra as tentações, o pensamento posto em Maria é igualmente eficaz para nos impelir na via do sacrifício. Não há santo cuja vida não ofereça a esse respeito exemplos eloquentes.

Humildade e confiança em Deus

O esforço nos é solicitado por Deus, mas não basta. Ele não passa de uma condição posta por Deus para recebermos a graça, a qual, entretanto, nos vem unicamente dEle. Não devemos contar com nossos próprios esforços, se quisermos que eles sejam coroados de êxito, mas sim com Deus. Portanto, desconfiança de nós mesmos, ou humildade, e confiança em Deus.

Ora, a devoção à Santíssima Virgem favorece de modo admirável esses dois sentimentos em nós.

Primeiramente, ela alimenta nossa humildade. Pode-se, sem dúvida, ser humilde na presença de Deus sem invocar Maria; seria o caso, por exemplo, de um protestante de boa fé para o qual invocar Maria é ofender a Deus. Entretanto, também é certo que recorrer à intercessão de Maria para ir a Deus, ir a Deus por meio de Maria, é reconhecer que não somos dignos de ir a Ele por nós mesmos; é reconhecer nossa miséria, nossa indignidade diante dEle; é fazer, mesmo sem se preocupar com isso, um ato de humildade.Eis o motivo pelo qual São Luís Maria Grignion de Montfort insiste tanto nas relações entre a devoção a Maria e a prática da humildade.

Ademais, alimenta nossa confiança em Deus. Cremos na misericórdia divina, mas com uma fé frequentemente teórica que, na prática, é exposta a graves deficiências. Ora, nesses momentos escuros pensar em Nossa Senhora constitui para nós um facho de luz que nos dá confiança.

Não por julgarmos que a Santíssima Virgem tenha um coração mais misericordioso que o do próprio Deus, mas sim por ser Ela como um argumento vivo que nos toca mais de perto e nos ajuda a melhor apalpar a misericórdia divina. Assim como ver Madalena aos pés de Jesus nos faz compreender a bondade do Salvador mais do que o faria uma idéia abstrata de sua divina perfeição, do mesmo modo a contemplação de Maria nos faz entender e sentir, melhor do que todos os raciocínios, a misericórdia dAquele que nos deu uma tal Advogada e uma tal Mãe.

Sem devoção a Nossa Senhora, a religião fica tingida de racionalismo

Estas duas disposições – humildade e confiança – constituem o próprio fundo do sentimento religioso. E é por esta razão que toda alma religiosa compreende a devoção à Santíssima Virgem.

Uma alma que cessa de compreendê- la deixa de ser religiosa ou está prestes a fabricar para si uma religião mais ou menos tingida de racionalismo, tal como certos estoicos batizados que formaram sua espiritualidade mais nos livros de moral dos estudos universitários do que nos autores ascéticos. Para essas almas, o Cristo é mais um modelo que posa diante delas, do que um amigo que vive nelas e as faz viver.Dia virá em que, após inúteis esforços, elas reconhecerão por fim sua radical fraqueza e se lançarão humildemente nos braços de Deus. Nesse dia, elas começarão também a se voltar para a Santíssima Virgem.

Eis a razão pela qual tantas pessoas aos poucos deixaram de ter uma religião e se contentam com uma simples filosofia: elas eliminaram a devoção à Santíssima Virgem para irem mais diretamente – conforme pensavam – a Jesus Cristo. Ora, perdendo de vista a Santíssima Virgem, eles rapidamente perderam também a Jesus Cristo.

Diz o Cardeal Newman, em sua magnífica “Carta a Pusey” sobre o culto a Nossa Senhora: “A Maria é confiada a guarda da Encarnação. Assim, se olharmos para a Europa, verificaremos que as nações e os países que perderam a fé na divindade de Cristo são precisamente aqueles que abandonaram a devoção à sua Mãe, e que, por outro lado, os que mais se distinguiram no seu culto guardaram a ortodoxia…”.

Traçando o mapa da devoção a Maria, teríamos traçado o próprio mapa da expansão e da conservação da fé cristã, e isto não apenas no século XIX nem a partir da Reforma, mas ao longo de toda a História da Igreja, como concluirá o próprio Neubert em sua tese, no que toca aos primeiros séculos cristãos, onde “em suma, toda a história das origens da mariologia se apresenta como a história da defesa e da dilatação da cristologia. A Mãe era a garantia do Filho, e a glória do filho começava a jorrar sobre a Mãe”.

As grandezas de Maria só podem ser entendidas com relação à Encarnação

O Evangelho é a vida de família com Deus. Ele será chamado Emanuel: Deus conosco, Deus nosso Pai, Jesus nosso Irmão Primogênito, vindo a nós para nos encontrar e nos reconduzir ao Pai. Mas nunca compreenderemos melhor quanto Deus é nosso Pai, senão pensando na doce Mãe que Ele nos deu. E jamais compreenderemos Jesus como nosso Irmão Primogênito, a não ser contemplando- O junto de Maria, nossa Mãe comum. E assim como não devemos isolar Jesus de Maria, não devemos isolar Maria de Jesus.

Maria nos ajuda a compreender Jesus. Não é possível meditar os privilégios de Maria sem melhor entender seu Filho, de quem e por causa de quem Ela os recebeu. Mas, reciprocamente, só em Jesus podemos entender Maria: Jesus é toda a razão de ser de Maria, e esta não seria o que Ela é senão em vista da Encarnação e da Redenção. Exaltar as grandezas de Maria sem mostrar suas relações com a Encarnação é fazê-lo pela metade e dar a forte impressão de gente extraviada. Eis o motivo pelo qual certos livros, certas tiradas sobre a Santíssima Virgem deixam às vezes uma impressão de vazio, de insipidez ou de hipérbole. Jamais correremos o risco de parecer hiperbólicos, ao falar de Maria, se tivermos o cuidado de apresentá-La com seu Divino Filho. Mas querer admirar Maria fazendo abstração de Jesus é coisa tão absurda quanto extasiar-se com os esplendores da aurora num dia em que o sol esteja encoberto por nuvens cinzentas.

Se quiséssemos passar em revista as virtudes cristãs e toda a diversidade de nossos estados de alma e as fases de nossa vida interior, poderíamos multiplicar indefinidamente os pormenores desses aspectos psicológicos da devoção à Santíssima Virgem.

Resolvendo uma aparente objeção

Uma objeção, entretanto, se põe: não nos arriscaremos, assim, a tirar desta devoção seu caráter divino e dar razão aos protestantes, os quais pretendem que ela seja, não um dom do alto, mas um produto desta terra? Ocorre exatamente o contrário, responde M. Neubert.

Uma tal adaptação da devoção a Maria a todas as nossas aspirações religiosas é antes uma prova de sua origem divina: toda devoção é feita para o homem, e quanto mais uma devoção responde às necessidades do homem, mais ela tem chance de ser querida por Deus.

Aliás, esta objeção só pode afetar aqueles cuja devoção a Maria sempre foi superficial. Os que verdadeiramente vivem desta devoção percebem que não se pode, por uma simples análise psicológica, dar uma explicação completa de seus maravilhosos efeitos, da mesma forma como não é possível, pelas leis da luz e das cores, explicar o imponderável inefavelmente belo e celeste que se vislumbra nos olhos de uma criança, da mesma maneira como não se consegue, por meio da anatomia e da fisiologia, explicar o amor de uma mãe pelo seu filho.

Algumas vezes, no momento de pôr-se o sol, o céu se cobre de nuvens leves, quase transparentes, e margeadas por uma tonalidade rósea, como nunca se vê no restante do dia. Depois, subitamente, essas nuvens se entreabrem e o olhar mergulha maravilhado num mar brilhante feito de ouro derretido, de um inigualável esplendor. Essa face voltada para o sol é que explica a beleza da face inferior. O mesmo se passa com os fenômenos religiosos. O psicólogo só pode descrever o que ele percebe na face inferior, a face humana; entretanto, há uma outra face, a face voltada para o Sol divino, e só esta pode explicar a beleza da face inferior. As maravilhas da devoção a Maria não podem ser explicitadas inteiramente por nenhuma análise. Nenhuma descrição, nenhum raciocínio pode dar dela uma ideia adequada…

(Tradução, com adaptações, de L´Ami du Clergé, 1911, pp. 682- 684)

Posted in África, apostolado, Arautos do Evangelho, católico, Church, família, Igreja, Nossa Senhora, Padres Arautos, Pe. João Clá Dias | Leave a comment

Fotos & Focos: Primeira Missa

 Fotos & Focos
santiago-canals
Padre Santiago Canals Coma

Posted in Arautos do Evangelho, Cantareira, católico, Church, Igreja, Padres Arautos, Pe. João Clá Dias | Leave a comment

Fotos & Focos: 1a. Comunhão em Maputo

Fotos & Focos

primeira-comunhao

Posted in África, apostolado, Arautos do Evangelho, católico, Church, crianças, Igreja, Maputo, Monsenhor João Clá Dias, religião | Leave a comment

África do Sul poder ter seu primeiro bem-aventurado

ÁFRICA DO SUL – Um católico sul-africano assassinado por causa de suas posições contra a bruxaria, poderá se tornar o primeiro bem-aventurado do país

Cidade do Cabo (Agência Fides) – Deu a vida para testemunhar a verdade, combatendo as falsas crenças e por isso será iniciado o processo de beatificação. É o Servo de Deus Benedict Daswa, do qual a diocese de Tzaneen, na África do Sul, completo há pouco a fase diocesana da causa de beatificação.


A relativa documentação foi entregue a Dom James Patrick Green, Núncio Apostólico na África do Sul, para que a transmita a Dom Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Esta documentação de 850 páginas é o fruto de 5 anos de estudos conduzido interrogando testemunhas julgadas adequadas pelas autoridades diocesanas. Os atos não se tornarão públicos até quando a Congregação para as Causas dos Santos nomeará um postulador romano para proceder com as fases sucessivas do processo, durante o qual serão impressos folhetos e uma novena para consentir às pessoas rezar a fim de obter a intercessão do Servo de Deus.


Enquanto isso serão publicados uma breve biografia e um filme distribuído em DVD para difundir a vida e a obra do Servo de Deus Benedict Daswa na África do Sul e em outros países africanos, como um modelo par todos e um grande testemunha da fé.
Segundo uma nota biográfica, publicada pela Conferência Episcopal da África do Sul, Benedict cresceu numa família tradicional, que pertencia à pequena tribo dos Lemba, que vive principalmente entre a população Venda na província de Limpopo. Converteu-se à religião católica enquanto estudava para se tornava professor.


Benedict percebeu logo que a bruxaria era contra a fé católica. Dali em diante em sua vida privada e em público assumiu uma forte posição contra a bruxaria, afirmando que estas crenças causaram a morte de pessoas inocentes acusadas de bruxaria.
Benedict lutou contra o uso de pseudo-remédios e de amuleto para a proteção contra o mal-olhado ou para propiciar o sucesso no esporte ou em outras atividades. A sua luta contra a bruxaria causou a sua. Em 12 de fevereiro de 1990, poucos dias depois de se rejeitar a pagar uma oferta de um rito par expulsar algumas “bruxas”, foi agredido e assassinado com pedradas e pauladas. Faltavam somente quatro meses para o seu 44º aniversário. (L.M.) (Agência Fides 16/7/2009)

Posted in Arautos do Evangelho | Leave a comment

Mártires brasileiros

Estes mártires foram beatificados pelo Papa Pio IX, em 11 de Maio de 1854.

As dioceses portuguesas celebram hoje, 17 de Julho, a festa dos Beatos Inácio de Azevedo e Companheiros Mártires, vulgarmente conhecidos como “Mártires do Brasil”. Trata-se de 40 jovens jesuítas, quase todos entre os 20 e os 30 anos de idade, que se dirigiam de barco para o Brasil, a fim de ajudar na suamartires evangelização, mas que, nas Ilhas Canárias, foram interceptados por navios de calvinistas que, sabendo que eles eram missionários católicos, os deitaram ao mar. Era o dia 15 de Julho de 1570. Chefiados pelo Padre Inácio de Azevedo, 32 eram portugueses e oito espanhóis.

Com vista à sua canonização, cada um destes Mártires “merece a memória, a devoção, a imitação e a homenagem dos seus conterrâneos, que, por sua vez, se devem sentir orgulhosos deste seu glorioso antepassado, reconhecido pela Igreja Universal” – sublinha o Pe. João Caniço sj, vice-postulador da causa de canonização destes beatos.

Estes mártires foram beatificados pelo Papa Pio IX, em 11 de Maio de 1854. Para a sua canonização, é condição necessária que o seu culto seja reconhecido como permanente entre o povo cristão. “Mas será melhor ainda se, por seu intermédio, Deus manifestar a sua intervenção, através de um milagre autêntico. Para isso, vamos pedir a Deus a canonização destes jovens e heróicos missionários, modelos para a nossa juventude” – afirma

Os 32 portugueses provinham das seguintes 25 terras:
Alcácer do Sal – Francisco de Magalhães
Alcochete – Manuel Rodrigues
Borba – Domingos Fernandes
Braga – Brás Ribeiro e João Fernandes
Bragança – Nicolau Dinis
Celorico da Beira – Manuel Fernandes
Ceuta – Manuel Pacheco
Chacim – Bento de Castro
Chaves – Pedro de Fontoura
Covilhã – Francisco Álvares
Elvas – Aleixo Delgado e Álvaro Mendes
Entre-Douro e Minho –  João Adaucto
Évora – Luís Correia e Luís Rodrigues
Estremoz – Manuel Álvares
Fronteira – Pedro Nunes
Lisboa – João Fernandes
Marco de Canaveses – Amaro Vaz
Montemor-o-Novo – António Fernandes
Nisa – Diogo Pires (Mimoso)
Ourém – Simão Lopes
Pedrógão Grande – Diogo de Andrade
Porto – Inácio de Azevedo, Gonçalo Henriques, Simão da Costa, António Correia e Gaspar Álvares
Santa Maria da Feira – Marcos Caldeira.
Trancoso – António Soares
Viana do Alentejo – André Gonçalves

Por dioceses: Évora – 10; Porto – 8; Guarda – 3; Braga – 2; Bragança – 2; Coimbra, Ceuta, Leiria, Lisboa, Portalegre, Setúbal e Vila Real – 1 em cada uma.

Com Pe. João Caniço, SJ (Agência Eclésia)

Posted in África, Arautos do Evangelho, castidade, católico, Church, mártires, mártires brasileiros, perseguição religiosa, religião, violência | Leave a comment

Fotos & focos: Serra da Cantareira

O esquilo é um mamífero roedor da família Sciuridae. No Brasil, o esquilo também é conhecido por serelepe, caxinguelê, caxinxe, catiaipé, quatimirim, quatipuru ou acutipuru. Os esquilos estão espalhados por quase todo o mundo, a maioria nas zonas de climas temperado ou tropical, mas também em algumas esquilo1zonas de clima frio. Como todos os roedores, possui presas fortíssimas, com que roem sementes com facilidade, principalmente bolotas.esquilo3 O esquilo é um animal arborícola, vive nas copas das árvores, de onde saltam de um ramo para outro, seus saltos chegam a atingir até 5 metros de comprimento, sem temer a queda.

As sementes são as principais fontes de alimentação, mas também consomem insetos e frutas. Quando coletam alimento, enterram algumas sementes que encontram, sendo que algumas chegam a germinar, como pinhões e coquinhos, acabando por plantar árvores como araucária e jerivá.

Constroem ninhos com folhas e galhos, para abrigarem as suas crias da chuva e do vento, em ramos muito altos, em árvores como a cajarana. Durante a gestação, os pais preparam o ninho para receber os filhotes, que variam de 3 a 10 por ninhada. Quando adulto, seu corpo chega a medir 25 cm e o rabo 30 cm ou mais.

Posted in ambiente, animais, Arautos do Evangelho, Cantareira, desmatamento, eco sistema, ecologia, esquilo, fauna, fauna na cantareira | Leave a comment

Senhora do Carmo

SÚPLICA PARA TEMPOS DIFÍCEIS

“Tenho mil dificuldades: ajudai-me.
Dos inimigos da alma: salvai-me.
Em meus desacertos: iluminai-me.
Em minha dúvidas e penas: confortai-me.
Em minhas enfermidades: fortalecei-me.
Quando sou desprezado: animai-me.
Na tentações: defendei-me.
Em horas difíceis: consolai-me.
Com teu coração maternal: amai-me.
Com teu imenso poder: protegei-me.
E em teus braços ao expirar: recebei-me.
Virgem do Carmo, rogai por nós.
Amém.”

AÇÃO DE GRAÇAS E OFERECIMENTO

Ó Virgem Santa do Carmo! Jamais poderemos corresponder dignamente aos favores que nos fez ao dar-nos teu santo Escapulário. Aceita nosso simples, mas profundamente sentido, agradecimento e, já que nada podemos te dar que seja digno de Ti e de tuas mercês, oferecemos nosso coração, com todo seu amor, e toda nossa vida, que queremos empregar no amor e serviço de teu Filho Senhor nosso, e em propagar tua doce devoção, procurando que todos nossos irmãos na fé, com os quais a divina Providência nos faz conviver e relacionar, estimem e agradeçam teu grande dom, usando o santo Escapulário, e que todos possamos viver e morrer em teu amor e devoção. Amém.

GOZOS À VIRGEM DO CARMO

Prodigioso e admirável
Imã de nosso desvelo;
Nuvenzinha do Carmelo,
Sede nossa protetora e Mãe.

Salve, Rainha dos céus,
De misericórdia Mãe,
Vida e doçura divina;
Esperança nossa, Salve;
Nuvenzinha  do Carmelo, etc.

Deus te Salva, Templo formoso
Do divino Verbo em carne,
Salve-te Deus, Mãe Virgem,
Pois es Virgem e Mãe;
Nuvenzinha  etc.

Volvei-nos, Mãe piedosa,
Vossos admiráveis olhos,

E olhai por vossos filhos,
Pois que sois piedosa Mãe;
Nuvenzinha etc.

Socorrei-nos, pois escuta

Que nas penas e combates
A ti suspiramos todos
Neste vale de lágrimas;
Nuvenzinha etc.

Mostrai-nos vosso Filho
De Josafat no Vale,
Piedoso, pois que nasceu
Desse cristal admirável;
Nuvezinha etc.

Rogai por vossos devotos
À bondade inefável;
Pois morreu para nos salvar,
Por sua clemência nos salve;
Nuvenzinha do Carmelo,
Sede nossa protetora e Mãe.

V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Jesus Cristo.

ORAÇÃO

Ó Deus, que adornaste a Ordem da Beatíssima sempre Virgem e Mãe tua Maria com o singular título do Carmelo: concede propício que escudados com os auxílios daquela cuja comemoração celebramos, sejamos dignos de chegar aos gozos eternos. Tu que vives e reinas pelos séculos. Assim seja.

Concluir cada dia com  três ave-marias.

Posted in África, Arautos do Evangelho, católico, Church, escapulário, Igreja, Nossa Senhora, Nossa Senhora do Carmo, Padres Arautos | Leave a comment

Papa envia mensagem a cristãos no Iraque

Publicado 2009/07/14
Autor: Gaudium Press/Radio Vaticana
Secção: Mundo

Cidade do Vaticano (Terça, 14-07-2009, Gaudium Press) Em resposta aos recentes ataques contra lugares de culto cristão no Iraque, que somente no último fim de semana deixaram cinco mortos e mais de 32 feridos, Bento XVI endereçou ontem ao patriarca da Babilônia dos Caldeus uma carta pedindo por paz.

No texto assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarciso Bertone, e encaminhado ao cardeal Emmanuel III, o Papa, que está em férias nos Alpes italianos, confirma sua proximidade espiritual com a comunidade católica e ortodoxa do país e pede que as autoridades iraquianas trabalhem parta coibir as agressões. Bento XVI “ora por uma conversão do coração dos autores dessa violência”, diz trecho do documento.

O texto diz ainda que o pontífice “encoraja as autoridades a fazerem todo o possível para promover uma coexistência pacífica de todos os setores da população iraquiana”.

“Lamentamos muito porque hoje são objetos dos atentados lugares que, no passado e durante a guerra, serviam de refúgio para cristãos e muçulmanos”, afirmou em resposta o patriarca Emmanuel.

Entre a noite de sábado e a manhã de ontem foram registrados ataques a lugares cristãos em três diferentes cidades do país: Bagdá, Mossul e Kirkuk, matando e ferindo dezenas. Sete igrejas teriam sido atingidas somente na capital Bagdá, católicas, de rito caldeu, de rito sírio-ortodoxo e de rito assírio.

A mensagem foi publicada pela edição italiana do jornal L’Osservatore Romano.

Posted in católico, Church, fanatismo, Igreja, martir, Monsenhor João Clá Dias, Papa, perseguição religiosa, Vaticano, violência | Leave a comment

Fotos & Focos

bahia-de-maputo

A Baía de Maputo está localizada no sul de Moçambique, entre as latitudes 25° 40’ e 26° 20’ S, tem uma largura de cerca de 20 milhas marítimas e uma abertura a mordeste para o Oceano Índico aproximadamente com as mesmas dimensões. A leste, é limitada pelas ilhas da Inhaca e dos Elefantes e pela península do Machangulo; entre esta península e a Inhaca existe um estreito canal de comunicação com o oceano, com uma grande dinâmica. A sul, encontra-se a desembocadura do rio Maputo, o limite norte da Reserva de Elefantes de Maputo e, mais para oeste, a Catembe. A oeste, encontram-se o estuário do Espírito Santo, formado pelos rios Umbeluzi, Matola e Tembe e a cidade de Maputo. A norte, encontra-se a desembocadura do rio Incomati e a península da Macaneta, que forma o limite oeste da abertura maior da baía.

Posted in Arautos do Evangelho | Leave a comment

Fotos & focos: Cantareira

O quati, também grafado coati (do tupi “nariz pontudo”), é um mamífero da ordem Carnivora, família Procyonidae e gênero Nasua. O grupo está distribuído desde o Arizona ao norte da Argentina.

 

Mamífero aparentado do guaxinim, possuindo entretanto um nariz mais comprido, e um corpo mais alongado. Com patas que lembram remotamente as dos ursos, muito úteis para escaladas em árvores. A coloração, em geral, é cinzento-amarelada, porém muito variável, havendo indivíduos quase pretos e outros bastante avermelhados, focinho e pés pretos, cauda com 55 cm, com sete a oito anéis pretos. Mede de corpo 70 cm. Vive em bandos de oito a dez, é praticamente onívoro, e se adapta bem ao cativeiro. São animais diurnos.

Há quatro espécies semelhantes desse pequeno carnívoro, encontrado desde o Panamá (América Central) até a Argentina. quati vermelho vivem em grandes bandos formados de fêmeas e machos jovens. Com mais de dois anos os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando somente na época do acasalamento, que acontece no fim da primavera. Dez ou onze semanas após, a fêmea produz de dois a seis filhotes. Por mais de um mês, estes permanecem em seu ninho, no oco de uma árvore. O quati alimenta-se de minhocas, e insetos e frutas. Aprecia também ovos, legumes e especialmente lagartos. Não gosta de água mas pode nadar bem. Dorme no alto das árvores, enrolado como uma bola, e não desce antes do amanhecer.

Posted in África, ambiente, animais, Arautos do Evangelho, desmatamento, eco sistema, ecologia, fauna, fauna na cantareira | Leave a comment

A flor da África

JOSEFINA BAKHITA (1869-1947)

Religiosa sudanesa da Congregação das Filhas da Caridade (Canossianas) 

Irmã Josefina Bakhita nasceu no Sudão (África), em 1869 e morreu em Schio (Vicenza-Itália) em 1947.  

Flor africana, que conheceu a angústia do rapto e da escravidão, abriu-se admiravelmente à graça junto das Filhas de Santa Madalena de Canossa, na Itália.

A irmã morena

Em Schio, onde viveu por muitos anos, todos ainda a chamam«a nossa Irmã Morena».

O processo para a causa de Canonização iniciou-se doze anos após a sua morte e no dia 1 de dezembro de 1978, a Igreja emanava o Decreto sobre a heroicidade das suas virtudes.

A Providência Divina que «cuida das flores do campo e dos pássaros do céu», guiou esta escrava sudanesa, através de inumeráveis e indizíveis sofrimentos, à liberdade humana e àquela da fé, até a consagração de toda a sua vida a Deus, para o advento do Reino.

Na escravidão

Bakhita não é o nome recebido de seus pais ao nascer. O susto provado no dia em que foi raptada, provocou-lhe alguns profundos lapsos de memória. A terrível experiência a fizera esquecer também o próprio nome.

Bakhita, que significa «afortunada», é o nome que lhe foi imposto por seus raptores.

Vendida e comprada várias vezes nos mercados de El Obeid e de Cartum, conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão.

Rumo à liberdade

Na capital do Sudão, Bakhita foi, finalmente, comprada por um Cônsul italiano, o senhor Calixto Legnani. Pela primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu com agradável surpresa, que ninguém usava o chicote ao lhe dar ordens mas, ao contrário, era tratada com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre velados pela saudade de sua própria família, talvez perdida para sempre.

Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para a Itália. Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e foi atendida. Com eles partiu também um amigo do Cônsul, o senhor Augusto Michieli.

Na Itália

Chegados em Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da esposa do Sr. Michieli, concordou que Bakhita fosse morar com eles. Assim ela seguiu a nova família para a residência de Zeniago (Veneza) e, quando nasceu Mimina, a filhinha do casal, Bakhita se tornou para ela babá e amiga.

A compra e a administração de um grande hotel em Suakin, no Mar Vermelho, obrigaram a esposa do Sr. Michieli, dona Maria Turina, a transferir-se para lá, a fim de ajudar o marido no desempenho dos vários trabalhos. Entretanto, a conselho de seu administrador, Iluminado Checchini, a criança e Bakhita foram confiadas às Irmãs Canossianas do Instituto dos Catecúmenos de Veneza. E foi aqui que, a seu pedido, Bakhita, veio a conhecer aquele Deus que desde pequena ela «sentia no coração, sem saber quemEle era».

«Vendo o sol, a lua e as estrelas, dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma vontade imensade vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».

Filha de Deus

Depois de alguns meses de catecumenato, Bakhita recebeu os Sacramentos de Iniciação Cristã e o novo nome de Josefina. Era o dia 9 de janeiro de 1890. Naquele dia não sabia como exprimir a sua alegria. Os seus olhos grandes e expressivos brilhavam revelando uma intensa comoção. Desse dia em diante, era fácil vê-la beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!».

Cada novo dia a tornava sempre mais consciente de como aquele Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos misteriosos, segurando-a pela mão.

Quando dona Maria Turina retornou da África para buscar a filha e Bakhita, esta, com firme decisão e coragem fora do comum, manifestou a sua vontade de permanecer com as Irmãs Canossianas e servir aquele Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor.

A jovem africana, agora maior de idade, gozava de sua liberdade de ação que a lei italiana lhe assegurava.

Filha de Madalena

Bakhita continuou no Catecumenato onde sentiu com muita clareza o chamado para se tornar religiosa e doar-se totalmente ao Senhor, no Instituto de Santa Madalena de Canossa.

A 8 de dezembro de 1896, Josefina Bakhita se consagrava para sempre ao seu Deus, que ela chamava com carinho «el me Paron!».

Por mais de 50 anos, esta humilde Filha da Caridade, verdadeira testemunha do amor de Deus, dedicou-se às diversas ocupações na casa de Schio.

De fato, ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. Quando se dedicou a este último serviço, as suas mãos pousavam docemente sobre a cabecinha das crianças que, diariamente, freqüentavam as escolas do Instituto. A sua voz amável, que tinha a inflexão das nênias e das cantigas da sua terra, chegava prazerosa aos pequeninos, reconfortante aos pobres e doentes e encorajadoras a todos os que vinham bater à porta do Instituto.

Testemunha do Amor

A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de todos os habitantes de Schio. As Irmãs a estimavam pela sua inalterável afabilidade, pela fineza da sua bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido.

«Sede bons, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se, soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!».

Chegou a velhice, chegou a doença longa e dolorosa, mas a Irmã Bakhita continuou a oferecer o seu testemunho de fé, de bondade e de esperança cristã. A quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente: «Como o Patrão quer».

A última prova

Na agonia reviveu os terríveis anos de sua escravidão e vária vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes … pesam muito!».

Foi Maria Santíssima que a livrou de todos os sofrimentos. Assuas últimas palavras foram: «Nossa Senhora! Nossa Senhora!», enquanto o seu último sorriso testemunhava o encontro com a Mãe de Jesus.

Irmã Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na Casa de Schio, rodeada pela comunidade em pranto e em oração. Uma multidão acorreu logo à casa do Instituto para ver pela última vez a sua «Santa Irmã Morena», e pedir-lhe a sua proteção lá do céu. Muitas são as graças alcançadas por sua intercessão.

 fonte: http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20001001_giuseppina-bakhita_po.html

 

 

Posted in África, Arautos do Evangelho, castidade, família, Igreja, martir, Monsenhor João Clá Dias, Nossa Senhora, religião, Sudão, trabalho escravo | Leave a comment

Tesouro incomensurável

saodomingos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

São Domingos de Gusmão,  homem de  ardor e zelo apostólico, grande  defensor  e propagador do  rosário,  fez  desta fundamental prática  de devoção mariana  um  eficaz  instrumento  para  suas  próprias necessidades, e usou-a  com enorme fruto enquanto método de  pregação. Seguindo os passos  de São  Domingos e  não só, mais por  ser também  uma  das  maiores  devoções  dos  Arautos  do Evangelho,  A paróquia São José de Lhanghene convidou  os  Arautos  a presidir uma palestra  saodomingos1para  a  explicação  deste  breve  catecismo sintetizando  de  maneira  viva as  principais verdades da  nossa  fé.  Foi de contar  com a  participação  de  inúmeros jovens notando-se um  interesse geral  por  esta  belíssima  prática  de devoção  mariana.

 

Narciso O. Siguaque
Posted in África, apostolado, Arautos do Evangelho, católico, Church, crianças, Educação Católica, Igreja, Maputo, Moçambique, Monsenhor João Clá Dias, Nossa Senhora, Padres Arautos, religião | Leave a comment

Fotos & fotos

Serra da Cantareira

O bugio (também conhecido por guariba, barbado ou macaco-uivador) está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros. Ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba.

bugio

O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.

  • Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias.
  • Filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida.
  • Maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos.
  • Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.
  • Pouco ativo, se locomove vagarosamente com a auxílio de sua cauda preênsil, que pode atingir 80 cm.
  • Pode atingir até 9 kg de peso.

A Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN) mantém laboratórios e alojamentos para pesquisadores denominado Estação Biológica de Caratinga (EBC), que é uma fazenda particular com um fragmento de Mata Atlântica e cerca de 800 hectares, onde ocorre a subespécie Alouatta guariba clamitans.

Posted in África, ambiente, animais, Arautos do Evangelho, Cantareira, eco sistema, ecologia, fauna na cantareira | Leave a comment

Sudão: encontro anual do clero da Diocese de Cartum

Os sudaneses sofreram durante mais de vinte anos uma sangrenta guerra civil e, a quatro anos do acordo de paz, as feridas abertas pelo conflito ainda estão longe de cicatrizar. Dois milhões e meio de mortos, cinco milhões de refugiados nos países vizinhos, quatro milhões de deslocados no país, incontáveis almas laceradas e uma geração que não conheceu nada excepto a guerra, a expulsão, a violência e a miséria: é este o triste balanço da guerra civil sudanesa.A maioria dos 54 sacerdotes da Arquidiocese de Cartum formou-se um condições dificílimas, complicando o seu processo de formação o simples facto das várias mudanças que sofreu o seminário maior.

Uma vez por ano, os sacerdotes da Arquidiocese de Cartum reúnem-se para trocar impressões, falar das suas experiências e problemas, procurar soluções conjuntas para os desafios que a Igreja Sudanesa enfrenta e continuar a sua formação. Este ano, uma das principais preocupações é a das vocações sacerdotais, porque há muito poucas. Aqui é preciso encontrar soluções que permitam sensibilizar os jovens para que, se for o caso, possam ouvir a chamada do Senhor.

 “Temos a certeza de que todos nós, sacerdotes, tanto a nível espiritual como humano tiraremos grande proveito desta semana juntos, assim como ânimo para enfrentar os desafios que nos surgirem”, escreve o P. Carlo Uyaka, Vigário Apostólico do clero diocesano de Cartum.

A organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) enviará um donativo de 3 mil Euros para auxiliar nesta iniciativa.

Departamento de Informação da Fundação AIS

Posted in África, Arautos do Evangelho, Igreja, países pobres, religião, Sudão | Leave a comment

Medalha de São Bento

A Medalha de São Bento é um poderoso instrumento de proteção contra o demônio, o pecado e toda espécie de males. Ao longo dos séculos, numerosos são os testemunhos dos que alcançaram graças por meio desta Medalha: socorro em fundocasos de doenças, proteção contra calúnias, feitiços e acidentes em viagens; conversões e exorcismos de pessoas, além de conceder graças especiais na hora da morte. Estes são só alguns de seus efeitos.

 

A fragilidade material da Medalha contrasta com a força e o poder de sua ação. Esta foi a razão pela qual o Padre Hamilton, através da Associação Religiosa Nossa Senhora das Graças, presenteou os participantes de nossas campanhas. Ele estava certo de que, usada com devoção, a medalha os protegeria de todos os perigos do mundo de hoje.

 

É bom assinalar que a medalha não é um talismã. As inúmeras graças alcançadas por meio deste precioso instrumento de fé são, antes de tudo, frutos da vida santa do abade Bento. Durante a sua vida São Bento manifestou espantosos dons sobrenaturais, tais como: o poder de ler o pensamento de seus discípulos, a capacidade de curar, exorcizar e o dom da profecia.

 

Na medalha podem-se ver gravadas inúmeras figuras e letras, todas com um significado especial. Por isso junto com a medalha, além da novena, os participantes receberam um livrinho com a explicação completa do significado de todos os símbolos.

Posted in Arautos do Evangelho | 1 Comment

Adotou o Brasil como sua pátria

Imigrante italiana radicada no Brasil desde os nove anos de idade, Santa Paulina adotou o Brasil como sua pátria e os brasileiros como irmãos…

Nascida no dia 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trento, norte da Itália recebeu o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Foi a segunda filha de Antônio Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer.santa_paulina

Imigrou para o Brasil, com 9 anos de idade, juntamente com seus pais, seus irmãos e outras famílias da região Trentina, no ano de 1875, estabelecendo-se na localidade de Vígolo – Nova Trento – Santa Catarina – Brasil. Em 1887 faleceu sua mãe e Amábile cuidou da família até o pai contrair novo casamento. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social. Com um grupo de jovens ajudou na compra da imagem de Nossa Senhora de Lourdes, que é conservada na gruta do Santuário.

Aos 12 de julho de 1890 com sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Lúcia Angela Viviani, portadora de câncer, em fase terminal, num casebre doado por Beniamino Gallotti. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a ela a segunda irmã Teresa Anna Maule.

Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott.

Em 1903, Santa Paulina foi eleita, pelas Irmãs, Superiora Geral, por toda a vida. Nesse mesmo ano, deixou Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, no Ipiranga, em São Paulo – SP. Recebeu apoio do Pe. Luiz Maria Rossi e ajuda de Benfeitores em especial do conde Dr. José Vicente de Azevedo.

Em 1909 a Congregação cresce nos Estados de Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado às pessoas idosas, doentes e crianças órfãs. Nesse mesmo ano, Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista a fim de cuidar de asilados onde testemunha humildade heróica e amor ao Reino de Deus.

Em 1918, Santa Paulina é chamada à viver na Casa Geral onde testemunha uma vida de santidade e ajuda na elaboração da História da Congregação e no resgate do Carisma fundante. Acompanha e abençoa as Irmãs que partem em missão para novas fundações. Alegra-se com as que são enviadas aos povos indígenas em Mato Grosso, em 1934. Rejubila-se com o Decreto de Louvor dado pelo Papa Pio XI em 1933 à Congregação.

Santa Paulina morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, dia 9 de julho de 1942, com fama de santidade; pois viveu em grau heróico as virtudes de Fé, Esperança e Caridade e demais virtudes.
Processo de Canonização

O processo, iniciado em 03 de setembro de 1965, celebrou um momento forte com a Beatificação de Santa Paulina, proclamada pelo Papa João Paulo II, no dia 18 de Outubro de 1991, em Florianópolis-SC – Brasil. A culminância desse processo, dá-se com a Canonização, no dia 19 de maio de 2002, em Roma. Canonização é uma sentença definitiva e oficial da santidade de Madre Paulina, heroína da vida cristã e se pode fazer culto público, em toda a Igreja. Está incluída na lista (cânone ) das Santas e Santos da Igreja Católica.

Posted in Arautos do Evangelho | Leave a comment

Antes morrer que pecar!

 6 de Julho de 2009
Santa Maria Goretti – 6 de julho
Santa Maria Gorretti, ou Marieta, como a chamavam familiarmente os seus parentes, não é a única menina que preferiu sucumbir, antes que ceder às insídias de um tarado. Quase todos os dias os jornais referem-se a fatos de violências exercidas sobre meninas indefesas.
O motivo principal pelo qual a Igreja quis apresentar o exemplo desta menina de doze anos, não é só a defesa, ao extremo, de uma virtude como a pureza, mas sim, apresentar toda a sua vida exemplar, e a decidida escolha, não razão da honra humana, mas do mandamento divino. “Não! Não! Deus não quer! É pecado! gritou para o moço de 18 anos, Alexandre Serenelli. que procurava violentá-la.
A família, que mudou-se para as vizinhanças de Netuno, arranjou-se como pôde num casarão abandonado. O pai e a mãe trabalhavam na lavoura. Maria cuidava dos quatro irmãozinhos mais novos que ela.
Ela perdeu o pai quando tinha apenas dez anos. Assim, mamãe Assunta, para ganhar o necessário a vida, ficava o dia inteiro no trabalho do campo, e Maria, que não tinha tido meios de freqüentar a escola, senão um pouco, e logo teve de renunciar totalmente. Cuidava da casa e os irmãos, e quando podia, corria à longínqua igreja para aprender catecismo. Assim, aos doze anos, num domingo de maio, pôde fazer a primeira comunhão.
Ela era uma menina muito crescida pela sua idade, e por isso chamou a atenção de Alexandre Serenelli, um irrequieto jovem. Suas provocações foram energicamente desprezadas. Mas Alexandre não desistiu. Uma manhã, quando mãe Assunta partiu para o trabalho, deixando em casa só Marieta com a irmãzinha menor, após mil rejeições da parte da menina, apunhalou-a com vários golpes.
Transportada para o hospital de Netuno, morreu no dia seguinte, pronunciando palavras de perdão para o assassino: “Por amor de Jesus, eu o perdôo e quero que venha comigo para o paraíso”. Era o dia 6 de julho de 1.902. Condenado a trabalhos forçados, Alexandre Serenelli obteve perdão por sua boa conduta após 27 anos. Em 1910 ele disse ter tido uma visão da pequena mártir, e desde aquele momento sua vida mudou. A mãe Assunta e as irmãs puderam assistir, em 1950, à solenidade de canonização de Marieta, a jovem que preferiu “antes morrer do que pecar”.
Posted in África, apostolado, Arautos do Evangelho, castidade, Church, crianças, família, Igreja, martir, religião | Leave a comment