Uma história com sabor de lenda

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Dizia que na ilha de Creta havia um quadro da Santíssima Virgem que o povo venerava em razão de inúmeros milagres que aconteciam. Um dia, um rico negociante roubou o quadro e o levou até Roma na esperança de fazer um bom dinheiro.
Quando o navio atravessava o mar Mediterrâneo, uma grande tempestade ameaçava pôr o navio a pique. Sem saber que o quadro da Virgem estava com eles, os marinheiros começaram a rezar pedindo a proteção de Maria e foram prontamente atendidos: a tempestade cessou.
    Após o falecimento do ambicioso comerciante que não conseguiu vender o quadro da Virgem Maria, Ela aparece a uma menina, filha da senhora que guardava a tela, pedindo que a pintura fosse colocada em uma Igreja.
    O título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foi a própria Virgem que o usou, quando falou à menina a quem apareceu. Talvez fosse esse título com que era venerada em Creta ou seria a inovação que Ela gostaria fosse usada daquele dia até hoje. Como a ilha de Creta foi dominada muitos séculos pelos muçulmanos, que destruíram todos os documentos cristãos, pouco se sabe da origem do quadro e da Igreja onde era cultuado. Alguns historiadores dizem que deve ser uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas.
    É uma pintura em madeira, estilo bizantino, feita por um pintor grego, pois são letras gregas que acompanham o quadro em suas inscrições. (N. D. Ou de algum outro artista que pintou o quadro em caracteres gregos). Com arte e piedade, com elegância e simplicidade, representa a Virgem Maria a meio corpo. Uma túnica vermelha reveste o seu corpo e um manto preto encobre sua cabeça. Os arcanjos São Miguel e São Gabriel mostram os instrumentos da Paixão do Senhor. O Menino Jesus, nos braços de Maria, olha assustado para esses instrumentos. Suas mãozinhas apertam nervosas a mão de Maria, como a pedir-lhe socorro, sua sandalhinha do pé esquerdo está desamarrada. Maria abraça com ternura a Jesus que parece estar seguro. Ambos têm uma auréola ao redor da cabeça e usam uma coroa aberta como a de um duque. Ao lado, mais ao alto,estão umas letras de alfabeto grego.
    O quadro foi levado à capela de São Mateus, em Roma no ano de 1499, onde permaneceu recebendo a veneração popular por mais três séculos. Um criminoso incêndio destruiu tudo. No século XIV, o Papa Pio IX (sic), chamou os padres Redentoristas para ocuparem o mesmo convento e capela que foram destruídos no templo dos Agostinianos.
    Um dos redentoristas encontrou documentos que falavam do quadro. Após muita procura o quadro foi achado através de uma revelação divina. O milagroso quadro foi introduzido triunfalmente em seu atual santuário, em 1866. O Papa, ao solicitar o cuidado dos redentoristas, para com o quadro e o santuário disse: Fazei com que todo mundo conheça o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. É um dos mais populares por ser muito expressivo, pois qual é a criatura humana que não passa por momentos de angústia e aflições, necessitando um socorro divino, seguro e perpétuo?
    MONS. JOSÉ LÉLIO MENDES FERREIRA, Maria na América, Bragança Paulista, Outubro de 1992, (pgs. 77-78)
 
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