Maria wakuswenga, yi kombeleli!

A Devoção a Nossa Senhora em Moçambique

Foi em torno de Nossa Senhora que se reuniram os primeiros membros da Igreja nascente. E não poderia ser de outro modo, pois Ela foi aquele farol radiante pela sua fé, que – mesmo ao pé da cruz e também durante os três dias em que Nosso Senhor Jesus

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Cristo esteve sepultado brilhava intensamente. Foi também, reunidos em oração no Cenáculo – junto de Maria – que os
Apóstolos receberam o Espírito Santo. Assim, ao longo dos séculos, os fiéis de todos os tempos foram vendo em Maria Santíssima aquele caminho seguro para chegar a Jesus; aquele auxílio infalível nas dificuldades mais perplexitantes; aquele consolo nas aflições mais atrozes; aquela que é vida, doçura e esperança nossa. Desta forma, na medida em que a Igreja ia se expandindo pelos continentes, também se difundia a devoção a Nossa Senhora.

Uma rápida pesquisa poderá talvez surpreender a algum observador ao constatar o quanto a devoção a Nossa Senhora é marcante aqui na África.

Tomemos a esse título, Moçambique.

O país têm 12 dioceses. Destas, 7 têm a Virgem Santíssima como padroeira.  Mais de 90 paróquias em todo o país são dedicadas sob algum título de Nossa Senhora. Esse número seria ainda maior se considerássemos as Comunidades. Ao longo do mês de maio,  intensifica-se a reza do terço que, de modo geral é recitado todos os

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dias nas igrejas, antes da Missa. As  legionárias de Maria são numerosas, atuantes e dedicadas. Há um Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Namaacha (Arquidiocese de Maputo) que recebe milhares de peregrinos no dia de sua festa. Centenas deles fazem a peregrinação caminhando deste Maputo até o Santuário (70 km até chegar ao alto de uma montanha). Outros provém de lugares mais distantes.  O número desses peregrinos cresce a cada ano. Na última festa, a procissão decorreu sob forte chuva e nem assim os mais de 20 mil peregrinos diminuíram o seu fervor.
No continente da esperança, que é a África, essa esperança é haurida de modo particular naquela que foi, é e será sempre a esperança nossa: Maria Santíssima.

Maria wakuswenga,  yi   kombeleli! (Maria, cheia de graça, rogai por nós!)

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A páscoa do futuro

Padre Hamilton2.jpgPor mas ateizada que esteja a sociedade em nossos dias, sob um pretexto ou outro ela se deixa tocar por algumas festas religiosas, como Natal ou Páscoa. E não apenas nos aspectos comerciais de que o nefando consumismo as reveste, mas nos seus aspectos espirituais mesmo. O tesouro infinito das graças compradas pela Redenção continua a sustentar as almas. É o que se nota em diversos países, onde as manifestações dos fiéis fervorosos se revestem de aspectos singulares; por exemplo, na Espanha.

 

É difícil não se encantar com os magníficos pasos da Paixão do Senhor. Vê-se nos múltiplos andores que saem às ruas nos dias da Semana Santa um acumular de arte sobre arte, um desejo de aperfeiçoar as expressões de piedade e afeto, de requintá-las, de torná-las reais. Sim, torná-las reais. Pobres homens do século XXI! Não percebem que para tornar reais as demonstrações de apreço pelo sobrenatural devem procurar a chave no seu próprio interior. Aí, ainda que com poucos recursos, consegue-se tudo. E quando os meios materiais não faltam, o que se pode obter? Mas a alma do ganancioso homem destes dias está por demais ocupada com aspectos materiais: precisam ganhar dinheiro para viver, cuidar da saúde para ganhar dinheiro, divertir-se para não se cansar de ganhar dinheiro, organizar-se, estudar, debater, promover a arte para criar os meios para gastar e reaver o tão famigerado dinheiro. É em função deste vil elemento que vive – e se perde – a tão desenvolta e culta sociedade moderna.

Por contraste, considere-se a Semana Santa em um distante rincão da África, um lugarejo perdido no mato, pobre e inculto. A igreja não é mais do que uma choupana, provavelmente sem bancos. As imagens, quando existem, são do mais elementar artesanato. Ornatos, perfumes de incenso, flores, são luxo raro. Mas, então, como realizar as sagradas cerimônias de Semana Santa, se faltam totalmente os meios materiais? Encontrando quem se disponha a vivê-las antes na alma do que no corpo. E existem pessoas assim. Foi o que se viu através de algumas fotos de um dedicado apostolado feito pelos Arautos do Evangelho em Moçambique. O mais luxuoso do ambiente eram os paramentos sacerdotais e os hábitos dos Arautos que, como sempre, exprimiam seriedade, dedicação, desapego, alegria, virtude. O restante era um povinho exultante de contentamento, dignificado pelos mistérios que celebrava, estuante de esperança implícita em seus generosos sorrisos.

Um outro aspecto da Semana Santa se pôde observar, também através de reportagens fotográficas, na província de Sucumbíos, Equador, atualmente sob os cuidados pastorais da Sociedade Virgo Flos Carmeli, dos Arautos do Evangelho. O piedoso público equatoriano literalmente vibrou de alegria nas cerimônias da Paixão e Ressurreição do Senhor, realizada em Nueva Loja. Neste lugar, já com alguns poucos recursos materiais, foram organizadas lindas cerimônias, dentro da mais alentadora ortodoxia católica, em que se notavam, no público presente, fervor, enlevo, desejo de servir, desejo de imitar e seguir Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Mãe Santíssima; e nas fisionomias infantis, além de inocência, muita determinação.

Mas, o suprassumo das cerimônias nesta Páscoa foi o que se pôde viver na Igreja dos Arautos do Evangelho, na Serra da Cantareira. Oh! Quão bom seria se uma multidão milhões de vezes maior do que a que se aglomerava na igreja nestes dias pudesse ter vivenciado a Paixão do Senhor como os que ali estavam.

Os comentários a respeito destes eventos dividem-se em dois grupos: os exprimíveis e os inexprimíveis. Destes últimos só poderão tomar conhecimento os que participarem no próximo ano e receberem as graças derramadas em profusão nessa ocasião. Quanto ao exprimíveis, para não afogarem o leitor por sua superabundância, serão considerados em sua ordem cronológica.

Na quinta-feira santa, dia da instituição da Sagrada Eucaristia, uma recolhida atmosfera de alegria e piedosa expectativa tomava conta dos fiéis, constituídos, na sua maioria, por membros dos Arautos do Evangelho e também por numeroso público da Paróquia Nossa Senhora das Graças.

A igreja estava impecavelmente limpa. O piso de pedras coloridas brilhava e, sobre ele, como sobre um espelho, se iniciou o cortejo de entrada. Era de impressionar o número e a compenetração dos sacerdotes Arautos. Só para assistir a este cortejo teria valido a pena estar ali. Com imaculados paramentos brancos, deslocavam-se mais ou menos como se imagina que anjos se deslocariam: com garbo, com recolhimento, com seriedade, e muita piedade. De seus lugares no presbitério concelebraram a Santa Missa, a que o riquíssimo cerimonial desenvolvido pelos Arautos deu um brilho extraordinário.

Toda a movimentação de acólitos, leitores, diáconos era feita com muita leveza, mas, ao mesmo tempo, com certas características que bem transmitiam o desejo que esta família de almas tem de ser Igreja realmente militante. A palavra chave da tocante homilia foi a consideração do sagrado dito de evangelista, comentando Nosso Senhor “E tendo amado os seus, amou-os até o fim.” E o sacerdote repetia comovido várias vezes: “Até o fim vos seguiremos, Senhor! Até o fim!”

Padre Hamilton3.jpgO mais tocante, porém, ocorreu ao final da celebração, quando, após a transladação do Santíssimo Sacramento ao Monumento – que, aliás, constituiu um capítulo a parte, com o Santíssimo levado sob uma rica ombrella precedida por dois turiferários que caminharam de costas o tempo todo, incensando continuamente o Rei dos Reis -, ao voltarem, iniciaram a desnudação dos altares. A luz das doze tochas que tinham acompanhado o Senhor foram apagadas uma a uma, o turíbulo foi apresentado vazio, os castiçais e toalhas foram retirados, e se passou do auge dos cânticos de alegria, magistralmente entoados pelo coro e orquestra dos Arautos, para o silêncio das vozes e o som fúnebre da matraca. Iniciava-se a Paixão.

Esperava-se para a Sexta-feira Santa uma homilia que lembrasse a todos os sofrimentos do Redentor, os deveres daí decorrentes, etc., como só ia acontecer nesta augusta ocasião. Mas a sensibilidade mística dos Arautos deixou diretamente à graça divina esta função. Para dar ocasião à ação da Providência nas almas, organizaram uma belíssima apresentação da leitura da Paixão, cantada no melhor e mais autêntico gregoriano por um grupo de seminaristas e sacerdotes Arautos. E Deus fez a Sua parte. A graça tocou realmente as almas, e em muitas fisionomias as lágrimas foram testemunhas disso.

Muitos outros aspectos haveria que comentar: a prosternação do jovem sacerdote ao início da cerimônia, momento em que ele intercede, pedindo perdão pelos pecados de todos, o descerramento do grande Crucifixo, acompanhado do eloqüente cântico “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a Salvação do mundo…”, que convidava à adoração, e, ao mesmo tempo, a abraçar a cruz individual… e tantos outros que ficam na memória e no coração.

Esta atmosfera de convite à santidade, à entrega radical a Deus, à união a Jesus sofredor para o resgate do mundo, perdurou durante todo o sábado, em que a igreja, de luto, esteve fechada. Na noite deste dia, porém, com a cerimônia iniciada em meio a trevas, um eloqüente sermão versando sobre a incondicionalidade do católico em nossos dias, para assemelhar-se inteiramente ao Divino Redentor, teve como cadre perfeito uma artística profusão de flores e velas que adornavam o presbitério.

Padre Hamilton1.jpgGaudium magnum annuntio vobis! Foram as palavras ditas pelo diácono ao celebrante. E esta grande alegria foi sentida por todos os presentes. Cristo ressuscitou realmente, aleluia! Ah! Que suspiros de alívio! Que gáudio autêntico! Que felicidade! Será que alguma vez na vida os ateus ou os ímpios chegam a experimentar profundamente estas consolações?

Dos sermões do tríduo da Paixão, três palavras ficaram: “Até o fim, Senhor, até o fim vos seguiremos”, “Tudo está consumado.” “Incondicionalidade”. A Providência tinha cumprido sua função. A mensagem foi dada. Cumpre aos fieis, agora, aproveitar-se dela.

Igualmente, das três contemplações sobre a Paixão e Ressurreição do Senhor feitas aqui, podem-se tirar três elementos para o futuro da Igreja e do mundo: da Espanha, a requintada arte religiosa, da África e de Sucumbios, a sede do maravilhoso, do bom, do belo, do verdadeiro que ainda há nos povos, e das cerimônias nos Arautos do Evangelho, a pureza da doutrina revestida do mais atraente universo de símbolos, e alicerçada na autenticidade de uma vida de virtude, de desinteresse pessoal, de amor profundo e sincero por Cristo e por Sua Igreja. Que possamos, pelo bem das almas e pela glória de Deus, ver realizada, o quanto antes, a soma destes preciosos elementos, para que o Sangue de Cristo, generosamente derramado sobre o mundo, seja totalmente aproveitado.

Elizabeth Kiran

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Ramos no Mochiso

Apesar da forte chuva que caiu durante toda a noite e continuou durante o amanhecer, as várias paróquias em Maputo comemoraram o Domingo de Ramos. Na comunidade de Santo Antônio do Mochiso, pertecentes aos frades Carmeltias, a celebração teve a participação dos Arautos do Evangelho.

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As koKuanas

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A Casa dos Arautos do Evangelho em Moçambique recebeu a visita de

 um grupo de senhoras da terceira idade, pertencente à Paróquia dos Carmelitas, dedicada a Sagrada Família.

 Elas ficaram todo o dia todo aproveitando o feriado. O programa começou com celebração da Santa Missa, reuniões e almoço.

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Fotosefatos: entardecer em África

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Uma missionária no Sudão e sua santa

Entrevista com a irmã canossiana Severina Motta

ROMA, domingo, 10 de abril de 2011 (Zenit.org) – A irmã Severina Motta é uma missionária canossiana que esteve por mais de 40 anos na África. Ela passou mais de 12 anos vivendo no Sudão, onde se encontrou com a “sua santa”, novaSanta Bakhita.

Bakhita é a primeira santa do Sudão; e ganhou fama internacional, especialmente após a menção de Bento XVI a ela, em sua encíclica “Spe Salvi”.

Também inspirou a conversão de um prisioneiro no corredor da morte em Oregon, que iniciou um projeto de apoio às canossianas.

Nesta entrevista concedida ao programa de televisão “Deus chora na terra”, da ‘Catholic Radio and Television Network’ (CRTN), em colaboração com a Ajuda à Igreja que Sofre, a irmã Severina fala sobre sua vocação missionária e sobre a santa que ensinou aos sudaneses como perdoar seus inimigos.

– Você sempre quis ser freira missionária?

Irmã Severina: Eu sempre quis ser religiosa, embora não especificamente missionária.

– Queria ser religiosa aqui?

Irmã Severina: Eu queria ser freira na Itália. Eu passei por uma tremenda luta. Cedi quando soube que era o que Jesus realmente me pedia: ir entre os jovens que não têm ninguém para cuidar deles.

– Qual foi o momento em que você disse: “Sim, Senhor, irei”?

Irmã Severina: Foi em um momento especial de oração no noviciado. Na capela, havia um grande crucifixo que aponta para algumas ovelhas e, sob a imagem, estavam as palavras: ‘Euntes in Universum Mundum’ – Ide ao mundo inteiro. O dedo parecia apontar para mim, era a minha vez de unir-me aos missionários. Então, eu concordei. Foi muito difícil, mas tenho que dizer que foi muito gratificante.

– Olhando para trás em sua vida, você teria feito algo diferente?

Irmã Severina: Não, eu teria feito a mesma coisa.

– Por que a África?

Irmã Severina: Na verdade, eu não escolhi a África. Vamos para onde somos enviados, mas, depois que eu disse “sim” ao Senhor, meu maior desejo era estar entre os mais pobres, para compartilhar sua vida e trabalhar com eles, para encontrar meios e maneiras de melhorá-la. Eu tenho que dizer que fui privilegiada, porque em todos os lugares em que estive, todos os elementos essenciais da vida não existiam. Sem meios de comunicação, sem estradas em condições, sem água potável, sem eletricidade, apenas as pessoas ricas tinham isso.

– Eu gostaria de falar um pouco sobre a Irmã Bakhita, Santa Bakhita agora, que na comunidade é chamada de “santa mãe morena”.

Irmã Severina: Sim, Bakhita era uma criança de Darfur, no Sudão, que, aos 7 anos de idade, foi sequestrada e vendida como escrava. Mas ela não aceitou a sua situação. Ela escapou com uma outra menina, mas foi capturada e revendida, e esta situação se repetiu 5 vezes. Bakhita passou de um amo para outro pior, até que caiu nas mãos de um funcionário turco muito cruel. Este homem fez 114 profundos cortes em seu corpo, esfregando sal neles, deixando-a em agonia durante semanas. Depois disso, ela foi comprada pelo cônsul italiano em Cartum, que a levou ao seu país. Ele a entregou como babá à esposa de um amigo. Já na Itália, Bakhita não só encontrou a liberdade, mas o respeito e amor, mas, acima de tudo, descobriu Deus. Mais tarde, ela foi batizada e pediu para entrar na nossa congregação. Ela viveu uma vida simples – morreu em 1947, em Schio -, mas uma vida de bondade, humildade, mansidão e profunda espiritualidade. O Papa João Paulo II a reconheceu como santa em 1º de outubro de 2000.

– Santa Bakhita tocou a vida de pessoas em todo o mundo. Ouvi uma história sobre um prisioneiro americano no corredor da morte que se converteu graças a Santa Bakhita. Você poderia nos falar sobre isso?

Irmã Severina: Sim, há um prisioneiro no corredor da morte, em Oregon. Esse homem estava desesperado, e um dia encontrou, na porta de sua cela, uma carta de uma senhora suíça, que, como hobby, procurava na Internet os nomes das pessoas condenadas à morte. Ela lhes escrevia para dar um pouco de incentivo. O preso, Jeffrey, viu a carta e, por um tempo, não se ocupou dela, mas no final, pegou-a com a intenção de jogá-la no lixo. Mas a carta caiu fora do cesto de lixo. Então, ele a pegou novamente, abriu-a e leu que esta mulher o amava e que Santa Bakhita também o amava. Ele começou a se perguntar quem seria essa Bakhita. Tentou ignorá-la novamente, mas não encontrou a paz, então escreveu a esta senhora, perguntando-lhe sobre Bakhita. Ela lhe enviou um folheto com a história de Bakhita. Ele ficou tão impressionado com o que essa menina passou, com a sua capacidade de perdoar e ter sucesso em sua vida que, pouco a pouco, algo mudou dentro dele. Pediu para ser batizado e agora quer fazer algo pelo Sudão. E assim, da sua pequena cela, ele escreve cartas. Iniciou um projeto que incentiva as ajudas às crianças do Sudão.

– Ouvi dizer que ele escreveu mais de 600 cartas, é isso?

Irmã Severina: Sim, ele escreveu mais de 600 cartas. É também um artista. Então, ele está criando obras de arte para vender, para este fim. Também ajudou na conversão de detentos e está tendo sucesso. Acho que este é um dos maiores milagres realizados pela Irmã Bakhita.

– Que importância tem Santa Bakhita para o povo sudanês?

Irmã Severina: Santa Bakhita é, primeiro, um sinal e uma fonte de orgulho para o Sudão e seu povo. Bakhita é a primeira santa sudanesa. Ela foi uma escrava. Foi uma mulher. Sua fama se espalhou pelo mundo inteiro. Revelou ao mundo o melhor de seu povo e atraiu a atenção do mundo sobre os problemas e a situação no Sudão.

– Quando você fala ao povo sudanês sobre a irmã Bakhita e o perdão aos inimigos, é algo que podem acolher em seu coração, à luz de todas as dificuldades enfrentadas no Sudão?

Irmã Severina: Eu acho que sim, porque Bakhita é verdadeiramente sudanesa. Os sudaneses a amam muito porque ela revelou o melhor do seu povo. Quando cheguei ao Sudão, foi uma época de terrível luta e sofrimento. Eu mesma não aguentava e, quando perguntava ao povo “como podem suportar esta situação?”, as pessoas diziam: “Irmã, não somos os derrotados. Nós somos os vencedores, porque nós sofremos sem procurar vingança. Essa força interior que nós mostramos é o que vence os inimigos”. Esta é a força que encontramos na irmã Bakhita, e agora no seu povo.

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Arcebispo reza pelas vítimas: Japão, Brasil, Haiti e Nova Zelândia

Realizou-se na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Maputo, uma Santa Eucaristia pelas vítimas das tragédias aaaque se abateram sobre o Japão, Brasil , Haiti e Nova Zelândia.  A celebração foi presidida pelo Arcebispo Dom Francisco Chimoio  e concelebrada por inúmeros sacerdotes e religiosos. Presentes autoridades civis, embaixadores dos respectivos países,  e um grande número de fiéis e irmãs missionárias das várias Ordens, que exercem seu apostolado em Moçambique

Na homilia D. Shimoio referiu-se ao tempo litúrgico da Quaresma que nos convida a nos unirmos como irmãos. Citando o Profeta Isaias, assinalou: Novos Céus e novas Terras é um convite que se faz mais atual. Esse novo Céu e nova Terra é quando sofremos com os que sofrem, choramos com os quem choram e alegramo-nos com aqueles que se alegram.  Concluiu que aquela Missa celebrada pelos mortos nas tragédias naturais tinha a comunhão de todos os bispos da Conferência Episcopal de Moçambique.

Antes da bênção final o embaixador do Japão, Susumu Segawa, tomou a palavra para agradecer as orações e o apoio em horas tão difíceis. E que esses acontecimentos estreitavam mais os laços que une os dois países.

Dois acólitos adiantaram-se com as bandeiras: Brasil e Japão, que estavam no presbitério. E os sinos da Catedral dobraram o toque de exéquias.

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FotosEfocos: Via Sacra

Via Sacra na Capela, Maputo

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Dia mundial contra a turbeculose

Tuberculose – doença infecto-contagiosa, produzida pelo bacilo de Koch e caracterizada pela formação dos tubérculos nos tecidos de qualquer parte do corpo, mais especialmente no rato respiratório. Tuberculose pulmonar: a tuberculose de localização pulmonar tísica. Foi outrora doença que pressagiava a inevitável morte, e de modo mais tuber1tragicamente desumano a qualquer um que a tivesse. O dia mundial do Tuberculoso, também foi comemorado, no Hospital Geral da Machava ( Hospital localizado em Maputo). Eram 9 horas da manhã do dia 24 de Março de 2011, quando os pacientes foram afetuosamente conduzidos a um Salão, aonde o Pe. Amine (CM) e o coro e banda dos Arautos os esperavam para Santa Missa alusiva ao Dia Internacional de combate a tuberculose. Sua Ex. Dra. Ana Paula, Directora do Hospital Geral da Machava , aliás, foi quem coordenou e fez todos os trâmites à realização do evento. Nessa ordem de fatores, foram oportunas as palavras introdutórias – da Directora – à celebração Eucarística, quando disse: Caríssimos doentes e trabalhadores deste Hospital, a Missa será celebrada em ação de graças a Deus que condicionou a cura da tuberculose, pelas almas dos nossos colegas que faleceram que conosco trabalharam e para que o combate a tuberculose atinja proporções espectacularmente positivas. A essas palavras adicionaram-se outras de importância capital, saídas dos lábios sacerdotais durante a homilia: a partir do momento em que Jesus, Nosso Senhor se encarnou no seio puríssimo de Maria SS. e se fez homem, tomou a defesa da criatura humana, de modo que, qualquer bem que se faça a um dos necessitados, é a Ele que é feito! Portanto, devemos trabalhar não como pessoasturb2 que visam apenas um salário, mas sim, para agir na pessoa de Cristo que espontaneamente se volta aos mais débeis, de maneira que, os enfermos sintam a presença confortadora de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas suas penosas tribulações. Muito consolados ficaram os pacientes, na esperança de que a tuberculose tem cura, e que a Divina Majestade os tem muito em conta!

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Nós moçambicanos rezamos por nossos irmãos em Sucumbíos

 

(Gaudium Press) “Considero esta manifestação religiosa não como um apoio à minha pessoa ou ao carisma da minha congregação, mas como um ato do que representa entre vocês o mandato do Papa”.

Assim falava Mons. Rafael Ibarguren, administrador apostólico do Vicariato de Sucumbíos, no Equador, ao se dirigir aos fiéis durante a massiva manifestação de apoio ao trabalho que os Arautos do Evangelho desenvolvem no Vicariato, manifestação denominada “Marcha Branca pela Paz”. Milhares de pessoas vestidas de branco, entoando cantos religiosos e portanto bandeiras do Vaticano, responderam à convocação.

Os Arautos do Evangelho estão em Sucumbíos desde o dia 30 de outubro de 2010, quando a Santa Sé aceitou a renúncia de Dom Gonzalo López Marñón e nomeou como administrador apostólico Mons. Rafael Ibarguren Schindler, EP, que até esse momento desempenhava a função de capelão e assistente espiritual do Colégio Arautos do Evangelho Internacional de Assunção, Paraguai, e Conselheiro da Federação Mundial das Obras Eucarísticas da Igreja, entre outros cargos.

Milhares de pessoas, em uma manifestação que ocupava mais de 10 quadras, agradeciam ao Sumo Pontífice a designação de Mons. Ibarguren como administrador do Vicariato: “Agradecemos ao Papa Bento XVI por ter nomeado os Arautos do Evangelho para Sucumbíos”, “Sucumbíos está com os Arautos”, eram algumas das frases vistas em cartazes e faixas. A marcha foi concluída em frente à Federação de Esportes de Sucumbíos, onde Mons. Ibarguren saudou aos assistentes e celebrou uma eucaristia.

“Nunca vimos tanta gente na rua”, afirmou uma senhora presente. Nesse mesmo sentido se expressava o Tenente Coronel César Terán, chefe de Controle da Policia em Sucumbíos, que assegurou ao diário “El Comércio” que a “Marcha Branca” é “a maior que eu vi” na cidade. A manifestação teve como propósito responder a setores eclesiais dissidentes, que pedem a saída dos Arautos do Evangelho.

 “Aqui o povo respalda o Papa” Se a Santa Sé os nomeou para que venham, devemos respeitar como cristãos”, declarou também ao jornal “El Comercio” Vicente Tandazo, frade da congregação dos Franciscanos Menores Conventuais, que desde dois anos trabalha na cidade vizinha de Shushufindi. “Shushufindi tinha sido alheio a este problema, porém ao ver que não se respeitam as decisões do Papa devemos nos manifestar.

 Aqui o povo respalda o Papa”, declarou o religioso. “Que lindo é ver tanta gente aqui reunida em uma mesma fé, em uma mesma esperança, em um mesmo amor”, declarou ao final da manifestação Mons. Ibarguren, resumindo assim a unidade cristã e a concórdia que inspiraram toda a marcha.

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Lembranças

MeninoLembranças Há certos fatos na vida que marcam profundamente a sensibilidade. No recôndito da alma eles vão sendo maturados até serem explicitados pela razão, que, por sua vez, os submete à vontade, que os aceita ou rejeita.

 Formam eles um cabedal de conhecimento inteiramente exclusivo e pessoal, do qual a pessoa vai se servir ao longo da sua existência como base ou critério para o julgamento das mais diferentes situações. Foi o que ocorreu ao assistir a um funeral em Trivandrum, na Índia. Neste país de imensa maioria não-católica, a comunidade dos filhos da Santa Igreja se destaca de maneira especial por dois aspectos: primeiro, porque consegue ter um convívio e um relacionamento pacífico com os não-cristãos.

E segundo, porque forma, dentro deste convívio harmônico, um contraste com a cultura pagã, fazendo uma espécie de pregação muda das verdades da Fé, apenas por sua conduta. É famosa em Trivandrum a Congregação das Religiosas Carmelitas, dedicada à educação. É uma família de almas de origem francesa, nascida por volta de 1860, e radicada na Índia desde 1870. Estas freiras possuem conventos, universidades e colégios em diversas partes do país, e a dedicação de seus membros é patente. Em aprazíveis e impecáveis construções, as religiosas se dedicam à formação intelectual, moral e religiosa das jovens católicas, pelas quais são muito queridas.

Foram testemunho desta entranhada benquerença e do valor apostólico desta operosa congregação religiosa, os acontecimentos que se deram por ocasião do falecimento de Sister Cathy. Esta jovem irmã, de aproximadamente 30 anos, de origem humilde, exercia a função de bibliotecária no All Saints College, a universidade que a Congregação mantém em Chakai, Trivandrum. Repentinamente foi ela acometida por uma estranha febre, que não cedeu a nenhum medicamento, e que a levou, após três dias, ao encontro com seu celeste Esposo.

A comoção provocada por sua morte em suas irmãs de hábito foi grande. Armou-se o féretro numa das singelas capelas da Congregação, e aí desfilaram, durante uma noite e um dia inteiros, os amigos e parentes da religiosa e de suas irmãs.

Ao final deste dia, o corpo foi transladado para a capela do Colégio dos Santos Anjos; o caixão estava envolto nos longos cordões de jasmim ofertados pelos amigos, cujo perfume recendia com suavidade, numa homenagem eloquente de despedida. Após uma missa solene, celebrada pelo Arcebispo de Trivandrum, o féretro foi transportado ao cemitério católico.

A, até então, anônima esposa de Cristo tivera uma vida laboriosa e recolhida, discreta e submissa, como a milenar cultura indiana preconiza e como a Santa Igreja recomenda para suas filhas. Neste momento, porém, o caixão era carregado pelas outras freiras, quase como um troféu. Os anjos se encarregavam de vestir o céu com nuvens de arrebatadores coloridos.

As cores deslumbrantes dos sarees indianos, aos quais a desprendida religiosa renunciara em vida, serviram, neste momento, para engalanar o firmamento. Não faltaram entusiasmados cânticos, orações e recitação do rosário em todo o longo caminho até o cemitério.

As fisionomias umedecidas pelas lágrimas, tinham, no entanto, a marca de esperança e júbilo cristãos, em que transparecia não apenas a alegria da vitória sobre a morte, da confiança na ressurreição final, mas também o gáudio de quem venera e proclama o cumprimento de uma vocação. Se estas dedicadas religiosas tivessem oferecido à população cursos e palestras, tivessem feito missões, promovido retiros, e tantas outras ações de caráter pastoral, ainda assim não teriam pregado tanto quanto o fizeram ao realizar o funeral desta irmã. Ficava ali evidente a dignidade da esposa de Cristo.

Era um funeral de rainha. Aí, sim, o contraste com a cultura pagã se fazia por inteiro. Aquela que, na sociedade temporal, teria que suportar a carga dos costumes milenares que sobrecarregam a mulher na querida Índia, pela renúncia a si mesma e aos bens do mundo, agora era apresentada como a grande vencedora. E um dos aspectos que acrescentava singular beleza ao tocante episódio era a despretensão com que todas agiam.

Dar-se-iam conta da grandiosidade da vocação religiosa e do testemunho católico que viviam? Este acontecimento, gravado na sensibilidade de quem o presenciou, conduz à reflexão de que para a mulher ter uma existência verdadeiramente digna nesta terra não são necessários dotes extraordinários, físicos ou intelectuais, fortuna, fama, nem mesmo prole numerosa e bem sucedida.

A grande dignidade, a régia distinção foi dada à humilde Sister Cathy, esposa do Rei dos Reis e religiosa quase anônima durante a vida. A grande honra que recebia na morte era o reconhecimento cheio de afeto e respeito que todos os que a conheceram lhe prestavam neste momento. Certamente, esta lição de vida sobrenatural a souberam tirar os intuitivos indianos, que entre maravilhados e compungidos acompanharam a derradeira despedida da pequena Sister. Elizabeth Kiran

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Não esmorecer o empenho dos educadores

É  necessário que não esmoreça o empenho  dos educadores em tutelar pela formação intelectual e social dos seus educandos, entretanto, e de extrema e primordial importância que nesta tenra idade, ajude-se a criança a descortinar  um horizonte na linha do encantador, metafísico e sobrenatural.

DSC04123Cientes dessa realidade e imbuídos  do desejo de colaborar na constituição do caráter dos mancebos, os Arautos do Evangelho realizaram Escola Primária completa das Mahotas  uma  apresentação de teor  cívico e educacional, mas altamente libada do maravilhoso e do
pulcro o que, aliás, constitui um fabuloso atrativo para todos os infantes cuja alma vive sôfrega – ainda que inconscientemente –   a busca de alguma marca do Criador em tudo quilo que contempla.

Em primeiro lugar, havendo as crianças ocupado o “auditório”, postou-se a banda no palco, interpretando o seu variado repertório, desde as músicas clássicas até as canções regionais. Todas as músicas foram calorosamente acompanhadas com o bater das palmas e pelo ligeiro balancear da cabeça ao ritmo em que eram executadas.

DSC04128 Entretanto, quando  banda cedeu lugar ao conjunto da percussão, engalanado de seu belo uniforme e  encimado por uma boina que ostentava um longo penacho verde, arregalaram-se seus olhos, demonstrando um vivo senso do belo existente em suas almas. Por fim, a peça teatral – os enigmas do Shogum – com os atores trajados à moda tradicional japonesa, deu fim a uma abençoada tarde.
passada junto dos pupilos com os “ensinamentos de sabedoria”.

Dirso M. Macahaieie

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Um tesouro em potencial

Primeira Comunhao

Não há entres os seres racionais, sobretudo, quem tenha lucidez mental razoável, alguém que não reconheça a existência dum escrínio de valores morais e de beleza admiráveis nas almas das crianças e no ser delas de modo geral: Inocência isenta de qualquer fraude, pureza virginal inerente ao estado infantil que, é propício para tornar os seus corpos morados do Espírito Santo, e reino dos Céus, como dissera Nosso Senhor, Jesus Cristo: “Deixai vir a mim os pequeninos porque deles é o reino dos Céus”; as crianças são também portadoras de lábios finos como a prata, dos quais, a verdade lhes floresce, como florescem as rosas numa roseira! No interior das suas almas há uma felicidade decorrente da paz de consciência, de quem não defraudou a ninguém; em última análise, elas são como uma água cristalina que flui desvencilhada! Porém, a água cristalina colocada num recipiente envenenado, resulta numa fatal bebida para quem a tomar!

A pergunta é: As crianças, com tudo quanto elas têm de maravilhoso, como acima descrevemos, são como uma água cristalina que está num depósito límpido ou num recipiente envenenado?

Para responder a esta questão devemos fazer uma especulação da sociedade na qual vivemos que, indubitavelmente, pode-se afirmar que está imerso na inversão de valores morais: o feio passou a ser aceito como o belo; a preservação da pureza corporal passou a ser sinônimo de “antiquariato”; a libertinagem passou a ser cognominado de “liberdade” o avanço tecnológico possibilitou às crianças o conhecimento de coisas inerentes a idade madura ainda na precocidade, enfim, assim, seria possível enumerar tantas outras coisas! Ora, isso constitui uma gigantesca agressão para as crianças, em todos os aspectos imagináveis. Daí a imperiosa necessidade de tomar atitude de defesa, em prol delas, à guisa de uma mãe que redobra o seu desvelo quando discerne um perigo iminente que se arma contra um filho. É neste panorama caótico que o Projeto Futuro e Vida acreditando na realidade de que: as crianças são um potencial tesouro para o futuro! E por elas procuram realizar incansavelmente o Projeto Futuro e Vida, que se volta mais espontaneamente para protegê-las nos seus aspectos mais débeis.

 Em estrita colaboração com as diretorias dos diversos colégios da Cidade de Maputo, os Arautos atuam junto aos alunos do ensino primário, com o intuito de descortinar um horizonte de princípios extremamente vitais para as crianças, cuja ingenuidade e falta de critérios para distinguir entre o belo e feio, o erro e a verdade, e o bem e o mal os fariam prevaricar inevitavelmente e perder o seu tesouro.

O projeto Futuro e Vida que os Arautos de Moçambique realizam, de modo particular, consiste no seguinte: Fazer uma encenação teatral, na qual se demonstra com muita evidência os benefícios de uma criança que aceita a correção; as vantagens que a ordem da natureza das coisas conseqüentemente oferece aos que procedem corretamente; os malefícios que há no pecado e os trágicos e desastrosos efeitos do mesmo; as castas belezas que existem na prática das virtudes e dos mandamentos da lei Divina.

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10 anos de uma epopéia

O Carisma de um fundador

 O fundador é um homem providencial capaz de discernir a oportunidade de um serviço necessário para o caminhar do povo de Deus. Ele considera o Carisma que a Providência lhe dá. Ele ama esse dom e o deseja. É ele quem aglutina almas em torno do Carisma e é quem mais o serve: ele é o primeiro, em tudo.

Foi o que aconteceu com Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias.

Ele teve sempre seus olhos postos naqueles que o “precederam com o sinal da Fé” e sonhava com a realização do cumprimento de sua vocação. Nessas circunstancias, a Providencia Divina colocou em sua alma a semente que fez gerar o fundador e o perfil de seu carisma.

Conhecendo esses desígnios, Monsenhor João os amou e desejou, mesmo em ocasiões difíceis. Consagrou-os a Nossa Senhora e advogou a urgente realização deles para a maior Glória dEla.

Rogou e pediu a Deus por isso: pediu muito. Pediu tanto que a Providencia logo fez com que seus desejos fossem realizados.

Com as bênçãos da Santa Igreja, o Santo Padre o Papa João Paulo II reconheceu esse novo carisma e erigiu os Arautos do Evangelho como Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício. Era o dia 22 de fevereiro de 2001, comemoração da Cátedra de Pedro.

Nesse dia, há dez anos, o sonho de Monsenhor João tornou-se realidade.

Como afirmou o Cardeal Jorge Maria Mejía, em Missa no altar da Cátedra de Pedro: a Associação adquiriu “com a Cátedra de Pedro, com o centro da Igreja Católica, uma relação especial”. Os Arautos se tornaram o “braço do Papa”.

Com este vínculo íntimo e particular com o “Doce Cristo na Terra” e sob a orientação segura de seu Fundador, a obra dos Arautos não cessou de se expandir por dezenas de países. A compreensão cada vez maior do próprio carisma favoreceu novos desdobramentos dentro da sua família religiosa.

Entre outras alegrias dessa década, os Arautos do Evangelho viram seu Fundador Monsenhor João ser honrado pelo Papa Bento XVI com a condecoração “Pro Eclésia et Pontífice” e com o título de Cônego Honorário da Basílica Papal de Santa Maria Maior.

Por tudo isso, damos graças a Deus e à Santíssima Virgem.

Para o Fundador dos Arautos, até que isso acontecesse, foi preciso esperar contra todas as esperanças; foi indispensável pedir e rezar. Foi necessário admirar, crer, atrair, entusiasmar, arrastar almas para Deus… continuamente.

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Convívio: bem-querença, harmonia, paz.

A  África é um continte que constitui uma imensa seara para fins apostólicos.  Porém,  nos útlimos anos, tem se verificado que, a queixa que nosso Senhor Jesus Cristo fizera, há  mais ou menos, dois mil e poucos anos  atrás, quando disse: “a  messe é grande e os   operários      são poucos,” faz-se sentir de modo peremptório.

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Assim sendo, é imperioso que o escasso número de missionários que se encontra  imerso na labuta da evangelização, redobre     seu   esforço, e aumente seu zelo apostólico, a fim de melhor abarcar o  redil de Jesus Cristo, e dar signficativa réplica à situação.

Naturalmente, surgem consequências que, a seu   modo,   quebram    certas regras  que, nas vias normais teríam outro percurso, como atesta o facto seguinte, ocorrido no ano em curso que, passo a relatar: liturgicamente,  a comemoração do aniversário natalício do nosso sumo bem, Jeus Cristo, Senhor  nosso,  começa  apartir  da  missa  do  galo  no dia 24 de

Dezembbro, culminando no dia 25 do mesmo mês, e estendendo-se até  oito dias depois‑ o que segundo a   nomeclatura  dos   cânones  da  Igreja,  chama-se: oitava do Natal­.        Passado     este periodo, qualquer comemoração de carácter     solene ou de outro gênero, destoa… Entretanto, até dia oito do ano em curso, os Arautos do Evangelho de Moçambique‑ África‑ faziam ecoar apropriadas melodias natalinas, dum repertório constituido de músicas de diversos Países, tais como: Alemanha, França, Portugal, Inglaterra, Espanha, Equador, Brasil e África, para prestar homena gem  ao Divino Infante, recem -nascido e festejar aquele inesquecível dia, no qual, a Luz Divina espargiu-se sobre a terra, fendendo a mais densa escuridão da noite do pecado, e colocou o marco inaugural de uma nova era histórica, cuja civilização se dilata  até aos lugares mais recônditos  do orbe  terrestre.

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 E no tal evento estavam presentes todos aqueles que sacrificaram o dia do Natal para estar entre os  que não conheciam o sentido mais profundo do Natal, com o intuito de exalar o sobrenatural odor de Jesus Cristo, menino, criando uma atmosferra natalina, proporcionando iguarias aos menos favorecidos,  para satisfazer as exigências  do corpo, e aclimatar o espírito dos seus desfavorecidos irmãos para melhor contemplarem  e viverem as castas alegrias do Natal. Além das harmônicas músicas alusivos ao recem-nascido, Deus humanado, o presépio com  som, luzes e com peças dotadas de movimentos, foi objecto de contemplação dos mencionados

 

missionários das seguintes famílias de almas: Irmãs Dominicanas, Irmãs de Caridade, Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima, Irmãs Franciscanas de Susa, famílias e simpatizantes dos Arautos.  Não há dúvidas de que, o menino Jesus compensou com graças sensíveis aos que passaram o Natal servindo-Lhe. O clima era de muita bem- querença, harmonia, paz e fraternidade.

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Florescimento de novos movimentos, esperança do Papa.

Sobre o livro entrevista do Papa Bento XVI: Luz do Mundo.

“O cristianismo neste momento está desenvolvendo também uma criatividade toda nova”, afirma o Papa na primeira parte do livro de Seewald. “No Brasil, por exemplo, se de um lado se registra um forte crescimento de seitas, cometendo muito equívocos porque prometem substancialmente riqueza e sucesso exterior; por outro lado, assiste-se também a grandes renascimentos católicos, a uma dinâmica de florescimento de novos movimentos como, por Clipboard02exemplo, os Arautos do Evangelho, jovens cheios de entusiasmo por haver reconhecido em Cristo o Filho de Deus e desejosos por anunciá-lo ao mundo”, expressou o Papa.

“O bispo de São Paulo – continuou o Santo Padre – me disse que naquela cidade se assiste a um nascimento de cada vez mais novos movimentos católicos. Existe, dessa forma, uma força de mudança e uma nova vida”.

No livro de Seewald há várias referências à realidade eclesial brasileira e da América Latina. Bento XVI faz um rápido balanço ao jornalista alemão sobre os cinco anos de seu pontificado e assinala que as viagens apostólicas não foram um “espetáculo qualquer”. Como um de seus êxitos, o Papa inclui a visita ao Brasil em 2007, que coincidiu com a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano e do Caribe, em Aparecida, onde foi “iniciada a Missão Continental”, que agora é realizada nos programas pastorais das dioceses de todos os países da região.

Dessa viagem, o Santo Padre recorda também o encontro na “Fazenda Esperança”, um centro de recuperação para dependentes químicos; casa que se tornou modelos para muitos outros lugares.

Sobre a viagem ao Brasil, o Papa observou ainda a “consciência” de que a “Igreja Católica vive e é vigorosa”.

Gaudium Press – 2010/11/29

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Serão, no futuro, grandes devotos da Eucaristia?

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Ensinar aos pequeninos a devoção à Eucaristia é um meio mais seguro de preservar a inocência deles e defendê-los dos funestos ataques do demônio!

 

 

Pois no Santíssimo Sacramento do altar está verdadeiramente presente nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele  mesmo Jesus que andou sobre as águas do lago de Genezaré, que dava vista aos cegos e curava os leprosos, e que manifestara predileção pelos pequeninos, quando disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o reino dos Céus”! Portanto, criar condições para que de fato as crianças possam aproximar-se de Jesus Hóstia, é  evidentemente expô-las diante da luz Divina que penetra a alma humana tornando-a luminosa, à maneira daquela luz que incidia sobre Moisés no Monte Sinai, e tornava sua face radiante.  São  Tomás de Aquino – um dos grandes luminares do pensamento católico – disse que aprendia mais se postando diante de Jesus Eucarístico do que empregando outros meios.aaa3

 

 

Napoleão conquistou vários países europeus, e teve uma glória não pequena. Porém, confessou ser causa de maior alegria da sua vida o dia da sua primeira comunhão. Assim sendo podemos esperar para os nossos filhos maravilhas incomensuráveis, quiçá grandes devotos do Santíssimo Sacramento. É por isso que, os Arautos do Evangelho  de Moçambique aproveitando-se das férias do ano letivo, fizeram constar no seu cronograma para atividades com os mais jovens a adoração ao Santíssimo Sacramento, como as fotos anexadas á esta reportagem atestam.

Pedimos a todos os leitores do presente Blog que colaborem com suas preciosas orações, a fim de que tudo transcorra favoravelmente aos nossos propósitos. Pela gloriosa intercessão da sempre Virgem Maria desejamos a todos muita prosperidade no campo espiritual e material.

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Arão Mazive

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Os pequenos também homenageam Cristo Rei !

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A festa do Cristo Rei encerra diversos aspectos que podem ser considerados a luz da fé. Por exemplo: A comemoração desta festa pode ser ocasião de graças para todas as idades. Nesse sentido, um Arauto fez uma exposição sobre Cristo Rei para os pequeninos, procurando mostrar o  respeito do papel do reinado de Cristo nas suas almas. Assim ele se exprimiu: a infância de Jesus foi paradigmática, fonte incomensurável de graças especiais para todas as
infâncias da terra. Os mais diversos e abundantes favores espirituais que os homens adultos recebem ao volver o olhar para sua meninice, todas as oportunidades de reflexão, de raciocínio que a consideração dessa época lhes proporciona, desprendem-se da infância de Jesus. E o mesmo se pode dizer  das várias etapas da vida d’Ele, tomada
como manancial de graças particulares para os períodos análogos vividos pelos homens de todas as épocas. Assim como, em contrapartida,  enquanto nosso Salvador expiava também a cada passo da sua existência terrena os pecados cometidos por todos os homens nas suas diversas idades. Os meninos compreenderam a larga dimensão do reinado de Cristo
que se efetuou de modo sublime, cheio de afeto para com a humanidade em geral, sobretudo, a  avidez com que quis elevar o homem à sua dignidade primitiva, quer dizer, ao seu estado de graça e de felicidade indizível no paraíso terrestre.

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Os novinhos dardejaram perguntas previamente bem refletidas como estas:
— Quer dizer que, devo tomar o exemplo da vida do menino Jesus para
me orientar e tornar-me  obediente como Ele o foi?
— Sim, e muito mais: deves ser puro, manso e humilde também –
respondeu o expositor.
— Isso equivale a dizer que, quando eu buscar continuamente a prática
de todos os mandamentos da lei divina estarei permitindo que Jesus
reine em mim, e seria esse o reino d’Ele? — Perguntou um outro.
— Sim, é assim que Jesus reina. É por isso que nós dizemos: “venha a
nós o vosso reino,” na oração que Ele nos ensinou.
Logo depois outro interferiu perguntando – e se eu pecar, Jesus não
cessa de exercer o seu reinado, abandonando-me? – Não, Ele age de
outro modo: através do Espírito Santo, nosso Senhor Jesus Cristo
inspira-nos a fazer penitência, através da confissão, e dessa maneira,
nos reconciliamos com Ele, voltamos a nos relacionarmos com Ele, num
clima de amor indescritível. —explicou o expositor.

 
Em síntese, esse foi o ambiente todo sobrenatural que a festa de
Cristo Rei proporcionou a todos os meninos e adultos na Casa dos
Arautos de Moçambique.
Arão Mazive

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XVIII – Jornada Nacional do Trânsito

 

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Com a presença do Comandante Geral da Polícia da República de
Moçambique, representantes governamentais, policiais de trânsito,
estudantes e diversas pessoas da sociedade, encerrou-se na Escola de
Lingamo, a XXVIII Jornada Nacional de Trânsito, a nível de Maputo.
 Na ocasião, diversas instituições receberam um Certificado da
PRM pela sua valiosa participação e colaboração para que a mesma
Jornada pudesse ser realizada.

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fatosefotos – Sala Clementina

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Ruas de Maputo

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 As nossas ruas de Maputo…

Sempre bordadas de gente. Grande e pequena, forte e fraca.

Homens e mulheres, jovens e crianças.

Num caminhar sempre constante. Trazem nas mãos suas esperanças.

A cidade Capital é uma eterna dança. Seus habitantes se vestem de cores: são as capulanas.

Verdes, vermelhas, azuis, amarelas: uma linda aquarela.

Dores, sofrimentos, alegrias e cânticos compõem essa enorme ciranda.

Olhos espertos, sorrisos francos: brancos como o marfim.

Caminham no acreditar de um grande futuro. É o continente da Esperança.

Esperança e porvir que tem um nome: A Fé na Igreja Santa…

Igreja Católica que se faz presente nos missionários e missionárias, nas irmãs que cuidam dos anciãos, dos doentes, dos desamparados.

Um hino de amor e entrega que sobe aos céus: que por sua vez canta, sofre e confia na doce Maria, Mãe da África.

Lucas Miguel Lihue

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